Agora, com o Coritiba livre da degola, chance zero de ser rebaixado, com o sufoco quanto a isso, tendo chegado ao fim, dá para analisar outras vertentes no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2014.
Algo que pode contribuir para o Campeonato Brasileiro em 2015, é, por exemplo, dois times baianos não caírem juntos. É óbvio que um deles cairá. Então que seja o Vitória, já que o outro, o Bahia, enfrenta o Coritiba na última volta. Assim como poucos(ou seria ninguém?) acreditavam em uma vitória do Coxa frente ao Galo em pleno Horto, imagina-se que ninguém pensa em outro resultado que não seja uma contundente vitória do Coritiba sobre o Bahia.
Cair um catarinense, um carioca, um baiano e um paulista seria, digamos, um pouco mais salutar. Porém, o Palmeiras é o único dos 3(Criciúma e Botafogo já estão no "inferno") que depende exclusivamente de si. Uma vitória do alviverde paulista e a coisa estará resolvida para o clube da terra da garoa.
Teoricamente, no papel, os integrantes da Série B do ano que vem(os outros 17), brigarão apenas pelo quarto lugar. Com exceção do Criciúma que terá que lutar muito para retornar à Série A, os outros 3 que descem(Botafogo, Palmeiras e Vitória ou Botafogo, Vitória e Bahia ou ainda Botafogo, Bahia e Palmeiras), em função, até da diferença de verbas que receberão em relação aos demais competidores, saem com pelo menos 5 corpos de vantagem. Só que futebol é futebol, surpresas acontecem e nada é garantido. Aquela velha máxima espelhada através da frase, "o futebol é uma caixinha de surpresas", permanece em pleno século XXI e se fará presente no século XXII.
No próximo final de semana, além de ser o último jogo oficial do Coritiba em 2014, a última partida do Campeonato Brasileiro de Futebol em disputa, ser uma oportunidade do elenco que aí está livrar-se da marca negativa de pior campanha do clube na era "pontos corridos", será o último jogo em que o craque e gênio Alex, pisará nos gramados como Atleta Profissional de Futebol. Precisa escrever mais alguma coisa? A resposta é uma só: vitória!
É hora do profissionalismo e do comprometimento entrarem em campo, mais uma vez.
A vitória diante do Galo foi tudo de bom, mas o Brasileirão não acabou.
E em paralelo a isso é preciso refletir sobre o que vem acontecendo com o Coritiba nos últimos anos. No Campeonato Brasileiro o Coritiba está sendo um mero coadjuvante, passando sufoco ano após ano, fazendo com que o torcedor coxa-branca tenha nervos de aço, passe por cima do desencanto, para poder ser o 12º atleta em campo dentro do Couto Pereira. O Coritiba é um time, um clube de muita tradição. Não foi por acaso que o Coritiba ganhou o Torneio do Povo, foi o primeiro clube do estado do Paraná a conquistar o título de Campeão Brasileiro de Futebol via Campeonato Brasileiro e é até hoje o único Hexacampeão paranaense.
A mescla no futebol sempre trouxe bons frutos. Investir na base, colocar gente com história no clube dentro dos gramados, comandando as diferentes categorias da base coxa-branca é algo que cito sempre. É fazer isso e ter a certeza de um ótimo retorno quanto ao aproveitamento de jovens oriundos da nossa base no elenco profissional. É óbvio que o time profissional não necessariamente tem que ter do 1 ao 11, atletas feitos no Coritiba e nem ter um banco de reservas apenas com garotos, mas ter 3, 4 ou 5 meninos entre os 11 e mais uns 4 ou 5 no banco não é e não deve ser apenas "sonho". É preciso que isso seja uma tônica. É só olhar o exemplo que os times mineiros vem dando. Um é Bicampeão Brasileiro e o outro é Campeão da Copa do Brasil. Quantos Carlos, Dodôs, Luans e Willians, o Coritiba pode ter em seus elencos profissionais de 2017, 2018 e assim sucessivamente? Vejam que não citei o ano de 2016. Existe um motivo para isso. Não se colhem frutos de um dia para outro. Caso isso ocorra o fruto pode estar "verde" demais ou já nascer "podre".
E para trazer jogadores de outros centros, é preciso seguir determinados critérios. São raros os casos em que o atleta não é tão atleta assim e rende dentro das quatro linhas. Hoje é mais difícil de pintarem novas Gazelas(Zé Roberto, por exemplo, não o atual do Grêmio no momento, mas estou me referindo àquele de outrora que já vestiu com muito sucesso a camisa coxa-branca). Requisito número "1" para contratações na atualidade é o cara ser um "raio" dentro das quatro linhas e um homem, na acepção da palavra e nas atitudes, fora dos gramados. Errar em contratações custa caro, muito caro, caro demais, tanto dentro do campo, como considerando a parte administrativa e principalmente no lado "financeiro" da coisa.
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