"Raça, Garra, Sangue e Alma"!
O Coritiba nos últimos Campeonatos Brasileiros de Futebol, mesmo brigando sempre para não cair para a Série B, tinha no Estádio Major Antônio Couto Pereira, a salvação da lavoura.
O Coritiba tido escancaradamente a nível nacional como um "time de pijama", conseguiu se safar da Série B, graças ao efeito "Couto Pereira".
O Coritiba não conseguia vencer fora de casa e quando empatava na casa do adversário, isso era motivo de comemorações efusivas, porém dentro de casa, ganhava de quase todos os adversários.
O Coritiba raramente empatava em casa e normalmente vencia. O Coritiba dificilmente perdia seus jogos no Alto da Glória.
Infelizmente hoje, o Coritiba além de continuar sendo presa fácil nos redutos adversários, fazendo jus à pecha de "time de pijama", aumenta o desespero da Nação Coxa-Branca, já que perde jogos em casa que jamais poderia perder.
Perder para Internacional, Fluminense, Atlético Mineiro e até mesmo para o Sport, "fora de casa", podem ser considerados resultados normais, previsíveis e esperados. Já perder para a Chapecoense, na Arena Condá não é normal, previsível e esperado.
Agora, perder para Avaí, para o Flamengo com 1 homem a menos, não conseguir vencer o atual lanterna do Campeonato, Joinville, e amargar um 0 X 0 em pleno Couto Pereira, é triste, é lastimável e não é normal, previsível ou esperado.
Chegamos ao ponto de, em função do que foi o jogo, até agradecer por não ter perdido para a Ponte Preta em nosso reduto. O jogo com a Macaca terminou com o 0 X 0 no placar porque o goleiro Wilson trabalhou bem e o travessão nos salvou de mais uma derrota.
Como vemos, rodada a rodada, a coisa só vai piorando e a luz não aparece nem no fim do túnel.
Até aqui, em 2015, nada de bom nas quatro linhas aconteceu. Começando pelo Campeonato Paranaense onde levamos um baile, ou melhor, dois bailes do Operário, um em Ponta Grossa e outro em Curitiba e tendo continuidade no Brasileirão.
Fora das quatro linhas, o chamado "G 5" se esvaiu. Ricardo Guerra que era, talvez, a esperança da Nação Coxa-Branca, para voltar a ter os horizontes das décadas de 70 e 80, decepcionou-se e resolveu colocar um ponto final na relação direta com o Coritiba e preferiu ficar observando de longe, a "fervura" incandescente do dia a dia alviverde.
Maurício Cardoso, Medina e outros, mesmo não sendo integrantes do "G 5", preferiram também distanciar-se do Coxa.
E agora recentemente, Ernesto Pedroso, sucumbiu à pressão, não sei se de conselheiros ou de outros integrantes do "G 5" e resolveu entregar o cargo.
Alguns jogadores recém contratados contundiram-se logo de cara. Um deles, Kleber, jogou meio tempo e já está no "DM" algum tempo. Um atleta que ficou meses e meses apenas treinando e de forma "isolada", teria que ir entrando aos poucos, 15, 20 minutos, no segundo tempo. Depois gradativamente, passar a atuar meio tempo, até que reunisse condições físicas para suportar os 90 minutos de jogo. Não foi o que aconteceu. Kleber foi mandado a campo e não suportou a carga de 45 minutos seguidos e contundiu-se. Fácil era se prever que Kleber, se fosse exigido demais na primeira aparição no gramado, após meses parado, sem jogar, iria se contundir. Não deu outra.
É muita coisa ruim acontecendo dia após dia no Coritiba.
Tomara que o jogo às 11h00 atrapalhe o São Paulo. Caso o São Paulo de Luis Fabiano, Alexandre Pato, Ganso, Michel Bastos e outros atletas de bom quilate não se atrapalhe com o "horário do jogo", não é difícil prever mais uma derrota do Coritiba no Brasileirão 2015.
Sem muita técnica, sem tática assimilada, sem padrão de jogo, sem conjunto e entrosamento, só resta uma coisa para o Coritiba tentar uma guinada de 180 graus nas suas atuações no gramado: raça!
É hora do Coritiba jogar com "Raça, Garra, Sangue no bico da chuteira e muita alma".
Ou o Coritiba entra e sai do campo dessa forma daqui para frente, ou veremos o Coxa, em 2016, na Série B Nacional, com grandes possibilidades de por lá permanecer durante alguns anos.
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