Muitas coisas aconteceram erradamente no Coritiba em 2013. Atletas que foram vendidos ou deixaram o elenco com o Brasileirão em pleno andamento, por exemplo, não deveriam ter saído. Só para citar alguns: Emerson e Rafinha. Jogadores importantes e que fizeram e estão fazendo falta e muita falta. Rafinha é um jogador agudo que vai em direção ao gol, visa a todo instante chegar à meta adversária e possui técnica e velocidade. Emerson, zagueiro talentoso, de ótimo posicionamento e que quando desce para a área adversária amedronta os oponentes, pois também sabe fazer gols. Contundiu-se é verdade e ficou um bom tempo fora de combate, mas nessas 5 ou 6 últimas rodadas seria uma baita de uma opção.
Mas isso e muitas outras coisas já ocorreram e não adianta ficar lamentando ou procurando culpados, mesmo porque os pontos não conquistados, não serão recuperados.
Quero me ater única e exclusivamente ao que é preciso fazer ou o que dá para fazer no sentido de tentar se livrar do rebaixamento. É isso que importa agora.
Tecnicamente e taticamente deu mais ou menos certo nas 12 primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2013. Depois, a coisa foi degringolando e nada mais deu certo.
E agora, nessa altura do campeonato, esperar que tecnicamente e taticamente a coisa mude da água para o vinho e que tudo funcione, seria um sonho(ou seria um devaneio?).
A única forma do Coritiba conseguir marcar pontos nessas 3 últimas rodadas é através da "força mental". Tem que dar uns berros na preleção, no vestiário, na concentração, movimentar o ambiente de modo diferente. Tem que, de algum modo, mexer com o "brio" dos atletas, com a mente de cada um e esse time, esse elenco que aí está é o que vai para o campo de jogo até o final do brasileirão. Chegar no pé do ouvido de atleta por atleta e usar palavras que mexam com a mente dos caras. Falar grosso e forte na subida para o gramado.
O time daqui para frente vai ter que fazer uso da "raça", da "vontade" e "lutar" muito para buscar conquistar pontos que podem tirar o Coxa da ZR.
Não existe outro caminho.
Aquelas jogadas em que os atletas vão com tudo pra bola, com muita volúpia, não importando se vai bater o calcanhar, se vai machucar o joelho, o tornozelo, se vai fraturar o "dedão do pé" ou levar um pisão no dedo mínimo. É mais ou menos assim, jogando dessa forma que o Coritiba possui alguma chance de pontuar. Subir para a bola e cabecear com decisão, tanto na defensiva como no ataque. Não pode ter "bola perdida" ou imaginar essa "bola tá perdida". Tem que acreditar em todas e ir com o coração em todas as jogadas.
Não tem outro caminho. É assim ou "assim" que terá que ser.
E quem vai fazer o papel de motivador, de mexer no vespeiro, de berrar, de gritar no ouvido, ou seja lá o que for? Alguém tem que fazer isso. Fora do campo isso pode começar com o Tcheco, mas dentro do campo 1, 2 ou 3 atletas tem que incorporar a coisa a cada jogada, e mostrar aos demais a veia saltando pela garganta, na cabeça, nas pernas ou por qualquer outra parte do corpo, mas ter na mente, "mentalizar" que somente assim será possível pontuar. Mentalizar e claro fazer com que isso vá para a prática. O time tem que ser uma engrenagem só e as roldanas se movimentarem continuamente, sem parar. Tem que dar o "sangue". Ou como diziam os antigos: "tem que colocar o coração no bico da chuteira".
Tem que ter "culhão". O Coritiba em outras épocas, já teve vários jogadores assim. Está na hora de aparecerem outros atletas com esse perfil no Coritiba e não dá para esperar mais. O momento tem que ser agora, já e não no natal ou em 2014.
Saudações Alvi-Verdes
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