Após cumprir o seu 25º jogo no Campeonato Brasileiro de Futebol 2020, o Coritiba está na Zona de Rebaixamento com toda justiça e não existe qualquer aceno em que se possa imaginar que o Coxa "ainda" teria bala na agulha para deixar a Zona do Suplício.
O futebol apresentado pelo Coritiba em toda competição(talvez a exceção seja aquela vitória diante do Palmeiras fora de casa por 3 X 1) é pobre, é sofrível, é revoltante, é triste e o quadro que se tem é negro!
O mais otimista coxa branca não aposta em uma reviravolta e não consegue enxergar o Coritiba fora da Zona de Rebaixamento.
O Coritiba não conseguiu subir da Série B para a Série A em 2018, o que ocorreu em 2019, mas a forma com que o Coritiba retornou para a Elite do Futebol Brasileiro, apesar da volta à Série A, aconteceu mais pela incompetência de alguns dos competidores do que até pelos próprios méritos do alviverde paranaense. O Coritiba subiu meio que se arrastando.
Quando o Coritiba retornou para a Série A, dessa vez, mesmo que aos trancos e barrancos, trouxe até um certo alento ao torcedor coxa branca, mas esse alento foi por pouco tempo.
Já no início do ano de 2020 se sabia que o elenco do Coritiba estava aquém daquilo que se necessitava para as disputas da Série A e isso está sendo constatado já há alguns meses.
Várias contratações feitas sem muito critério, trazendo jogadores que hoje não figuram nem no banco de reservas do Coritiba, demonstra a falta de uma melhor embocadura do elenco, ou seja, o elenco é realmente fraquíssimo.
Em alguns jogos(vide Coritiba X RB Bragantino no Couto Pereira em que o goleiro adversário foi a campo uniformizado inteiramente de branco e mesmo após uma chuva até certo ponto contundente, em vez de sair com a roupagem suja, pelo menos, terminou a partida como entrou, com o uniforme totalmente branco e isso mostra a fragilidade do Coritiba no que se refere à criação de jogadas e finalizações) o Coritiba sequer chegou à meta adversária.
Na 1ª etapa desse Sport 1 X 0 Coritiba o goleiro adversário foi mero espectador com o Coxa não existindo no gramado. Alguns escanteios que o alviverde paranaense teve a seu favor, a bola sempre foi colocada no mesmo lugar, no 1º pau e a defensiva pernambucana cortava com facilidade. Aprendi que se o escanteio não está surtindo resultado, deve-se efetuar a cobrança do tiro de canto de uma forma diferente do que vem sendo realizado, e o Coritiba insistiu, várias vezes, em cobrar o tiro esquinado no 1º pau e lógico o sucesso não veio.
Na 2ª etapa o Coritiba até teve uma melhora, mas de uma forma muito aquém do que se precisava para pelo menos tentar chegar ao empate. Sabino, o melhor do Coxa na partida, tirou uma bola em cima da linha, senão teria sido o 2º gol do Sport e em uma outra ocasião, a conclusão do atleta do time da Ilha do Retiro foi de encontro ao travessão. Sabino em um dos lances da partida saiu em desabalada carreira perseguindo a bola ou pelo menos tentando roubá-la, foi para a volância no intuito de recuperar la pelota e continuou, e na continuação do mesmo passou a ocupar o espaço que deveria ser de um dos meias e de repente estava lá acoçando o goleiro adversário no espaço que seria de um atacante.
O festival de jogadas assombrosas por parte de alguns jogadores coritibanos aconteceu durante toda a partida. Ora ocorria a reversão na cobrança de laterais e em outras ocasiões a falta de qualificações técnicas dos atletas do Verdão(hoje está mais para Verdinho) ficou nítida. Yan Sasse por exemplo, totalmente sozinho, sem ninguém o acoçando, buscou efetuar um passe de cerca de 1 metro e meio/2 metros para um companheiro que estava totalmente livre e meteu a bola no espaço vazio e a redonda acabou saindo pela lateral. Em outro lance o mesmo Yan Sasse deu de ombro na bola e a imagem que vimos foi desoladora, aliás o que já havia ocorrido com o mesmo atleta diante do RB Bragantino que deu uma ombrada na bola. Esses e outros lances nos mostram a fragilidade do elenco coxa branca, não nos deixando dúvidas de que o elenco é realmente muito fraco.
Jogando como vem jogando na competição a queda para a Segundona Nacional, "mais uma vez", é certa!
Matematicamente o Coritiba ainda não configurou o "novo retorno" para a Série B, mas é e será apenas uma questão de tempo.
O Coxa troca de técnico a cada passo, mas o problema como vemos, não está apenas no comando técnico.
Não tem como tirar "leite de pedra"! O elenco é muito fraco mesmo.
Ricardo Oliveira, ninguém pode questionar o curriculum dele, mas convenhamos, o homem já está com 4 décadas de vida, Rafinha mesmo gostando imensamente do Coritiba já tem seus 37 anos e Robson e Geovani Augusto, ambos tem 30 anos ou mais de vida, ou seja, temos um ataque "velho". A experiência, às vezes conta, mas ter um ataque com todos os jogadores em idade avançada, pode resultar apenas em "ataques de risos", com todo respeito, pois não me entra na cabeça que um atleta com 40 anos, possa, na condição de "atacante", ganhar um lance de um zagueiro com 24, 25, 26 anos de idade.
O Coritiba há anos, bota anos nisso, não empolga a Nação Coxa Branca, no tocante ao futebol apresentado e a situação vai ficando a cada rodada cumprida, mais desesperadora e não se consegue encontrar uma luz no fundo do túnel.
Hoje para o Coritiba sair da ZR precisa vencer 3 partidas em sequência e o 16º colocado perder pelo menos 2 e empatar uma. Convenhamos, isso dificilmente ocorrerá. Até pode que o 16º colocado perca 2 partidas e empate uma, mas o problema maior é o Coxa vencer 3 partidas em sequência.
O Coritiba hoje está "a 7 pontos do 16º colocado"!
A derrota machuca, fere, deixa cicatrizes, imaginemos juntos como está a Nação Coxa Branca neste momento?
Será que conseguimos realmente imaginar como está a mente, o coração, daquele torcedor coxa branca fanático, que ama de verdade o Coritiba?
A situação é triste, caótica, negra, revoltante e desoladora!
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