O clima nos bastidores do Coritiba não é nada bom. As saídas de Maurício Cardoso, Medina e Ricardo Guerra balançaram e muito as coisas na esfera administrativa e nos arremates mais diretos do futebol fora das quatro linhas.
Claro que isso tudo acaba de uma maneira ou de outra influindo no rendimento e no ambiente em que estão inseridos atletas e comissão técnica. Não é fácil ver, sentir e ficar sabendo de determinados acontecimentos no clube e manter-se alheio a essas movimentações que são sim muito negativas. Os atletas e a comissão técnica são feitos de carne e osso, o sangue corre nas veias deles tal e qual como corre nas nossas e o pensamento influencia diretamente nas ações de qualquer ser humano.
Quando cursei Administração de Empresas tive um professor que dizia: os problemas pessoais no momento que vocês chegarem na Empresa onde trabalham devem ser pendurados no cabide e esquecidos e no momento que chegarem em suas casas os problemas profissionais também devem ser pendurados em outro cabide e esquecidos. Quem fazia ou faz isso?
Hoje as empresas para contratarem funcionários lançam perguntas nas entrevistas ou até em questionários a serem respondidos de próprio punho pelos postulantes às vagas que envolvem a vida pessoal.
É, a coisa mudou e muito.
Os atletas e a comissão técnica são seres humanos e não ficam alheios aos acontecimentos administrativos dos clubes. Será que quando eles entram nas quatro linhas disputando 3 pontos, eles penduram esses acontecimentos em um cabide ou em vários cabides no vestiário antes de ir pra campo? É o que eles deviam e devem fazer. Mas será que alguns resquícios desses vastos acontecimentos dos clubes e até do próprio futebol moderno não permanecem no íntimo de cada um, atrapalhando de algum modo?
Tive um técnico nas categorias de base do Coritiba que todos devem conhecer pelo menos de nome ou devem ter ouvido falar em algum momento. Chama-se Sizico. Ele nos dizia o seguinte: a bola é feita de que? De couro(ishi, hoje é de plástico). O couro vem de onde? Da vaca. A vaca come o quê? Mato, grama. Então jogar futebol é fácil. É só rolar a bola na grama.
A comissão técnica e os atletas do Coritiba devem procurar fazer duas coisas: esquecer os problemas administrativos e até estruturais do clube e rolar a bola na grama.
Para que a bola role na grama é preciso tocar de pé em pé, vez por outra tentar ludibriar o adversário com tabelas e até alguns dribles ou outros artifícios presentes no futebol bem jogado.
A próxima batalha é frente ao bom time da Ponte Preta. Se o Coritiba não efetivar em campo, o futebol bem jogado, não vence a Macaca.
Para vencer o elenco desse bom time de Campinas, o Coritiba terá que jogar mais do que jogou contra o Grêmio(a melhor partida do Coxa na minha opinião em 2015, mas que ainda é pouco para um Brasileirão) e bem mais, muito mais do que apresentou frente ao Operário na decisão perdida pelo Paranaense, por exemplo.
Se o Coritiba quiser seguir na Copa do Brasil esse primeiro jogo contra a Ponte Preta é fundamental.
Bola pra frente/vitória já!
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