No 1º tempo de partida o Coritiba teve em boa parte do confronto, 70% de posse de bola, e depois caiu para 65%, mas mesmo assim uma boa vantagem.
Só que essa maior posse de bola na etapa inicial foi mais ilusória do que propriamente algo que se transformasse em vantagem real no jogo, pois os primeiros 45 minutos terminaram com um empate em 0 X 0.
A bola chave do 1º tempo esteve nos pés de Robson, a única oportunidade mais clara. Robson poderia ter dado aquele leve toque por cima do goleiro Fernando Miguel, pois o arqueiro estava em uma distância considerável e também em uma distância considerável da meta do trem da cruz de malta. Robson não teve a calma para realizar a ação mais acertada e ao contrário do leve toque por cima do goleiro ele"encheu o pé" e a bola ganhou os ares e não foi dessa vez que o placar foi aberto nesse domingo no Couto Pereira.
Cano do Vasco ainda tentou de fora da área e obrigou Wilson fazer uma defesa técnica com o placar da metade da partida sendo finalizado em 0 X 0.
O empate não servia para o Coritiba, e para o Vasco a igualdade no placar era menos pior.
Imaginei que dentro dessa condição, Jorginho substituíria um dos volantes, já que o Vasco não ameaçava muito e como o Coritiba precisava vencer a qualquer custo, a medida mais indicada era ficar com apenas 1 volante em campo, fazendo entrar algum jogador que pudesse municiar um pouco mais ao ataque coxa-branca.
O problema era mandar quem a campo. Com poucas opções no banco de reservas que pudessem incendiar o jogo, Jorginho optou em tirar Sarafiore e em seu lugar colocou Yan Sasse. Praticamente substituiu apenas o jogador em campo, sem mudar a forma de jogar do time, pois as características de Yan Sasse e Sarafiore são um tanto quanto parecidas. Claro que Sarafiore não vinha tendo aquela estreia excepcional mas também não estava comprometendo. Se o jogador foi contratado justamente para dar um poderio maior à equipe, e ele tendo chegado há poucos dias, e estar ainda se ambientando, na minha opinião, Jorginho deveria ter deixado Sarafiore nas quatro linhas e optado em suprimir 1 dos 2 volantes. Yan Sasse entrou mas não fez muita coisa e Sarafiore, ainda se ambientando, já chega sem adquirir aquela confiança para desempenhar bom futebol nas próximas partidas, em função de ter sido substituído logo na estreia, e isso pode atrapalhar uma caminhada que poderia se desenhar de um modo mais efetivo e melhor para o Coritiba na continuidade da competição.
Veio o 2º tempo e o Coxa que havia sido um pouco melhor que o Vasco na 1ª etapa, começou a ceder terreno, e o time cruzmaltino começou a gostar do jogo.
Cano, o artilheiro que faz gol em 1 toque só, quase abriu o placar, justamente em um toque só e rápido, obrigando Wilson fazer defesa primorosa.
Na continuação Thales mandou uma bola na trave coxa.
Na sequência Ribamar, praticamente sem goleiro, sabe-se lá como, deixou a bola passar entre suas pernas, para a sorte coxa-branca, mesmo tendo me parecido que o árbitro já havia marcado falta de Cano em um jogador coxa. E aí o árbitro FIFA percebendo que a bola tinha ficado com o Coritiba preferiu dar sequência ao lance, usando a lei da vantagem.
Mais um pouco e Parede para nova sorte coxa-branca bateu fraquinho na bola propiciando defesa do Wilson.
Como vemos, citei 4 lances a favor do Vasco enquanto o Coritiba não oferecia qualquer perigo à meta vascaína no 2º tempo de partida.
Com isso, dá pra dizer que se alguém viesse a balançar as redes, esse seria o clube de São Januário.
Mas eis que mais uma vez um atleta oponente fez um pênalti desnecessário já que Robson não chegaria na bola e isso quando a partida já se encaminhava para a parte final.
Sabino com aquela manjada já, batida de pênalti, bateu entre o meio e o canto e a meia altura, e ainda, com um chute fraco, com o goleiro vascaíno praticando a defesa e no rebote evitou nova conclusão de Sabino chegando antes na bola.
O árbitro FIFA, após o VAR ter constatado que o goleiro Fernando Miguel tinha tirado os 2 pés da linha na cobrança de Sabino, ordenou nova cobrança.
Sabino queria porque queria bater novamente e Robson se apresentou para bater o pênalti e ali ficaram os 2 resolvendo quem iria bater, quando veio a ordem do banco. Jorginho gritou, sai Sabino, bate Robson.
Robson foi para a batida e sacramentou o 1 X 0 Coxa.
"Coritiba não mereceu mas venceu"!
Nessa altura já não interessa mais se o Coritiba mereceu ou não a vitória, o que vale, o que valeu, foram os 3 pontos que eram obrigatórios, e que foram conquistados nessa luta para não estar entre os 4 últimos na tábua de classificação.
Mesmo com o Coritiba tendo jogos a mais do que 3 dos 4 clubes que estão lá na rabeira, na questão pontuação, nesse momento, o Alviverde Paranaense é o 16º colocado, encontrando-se fora da Zona do Suplício.
As próximas partidas serão dificílimas. Na sequência o Coxa tem o Fluminense no RJ que vem de derrota para o Sport no Recife. A parada não será nada fácil, mas esse é o Campeonato Brasileiro. Depois o Coritiba enfrenta o São Paulo, o Grêmio e outras pedreiras virão pela frente, e assim a competição vai se desenvolvendo.
Em Campeonato por pontos corridos, pontuar é mais do que preciso e até aqui, em 11 jogos já realizados, o Coritiba perdeu 6 partidas, empatou 2 e venceu 3. Longe de ser uma boa campanha, mas essa vitória diante do Vasco teria que ter acontecido, pois caso contrário, se viesse um novo tropeço no Couto Pereira, ele seria catastrófico.
Essa vitória dá um novo ânimo ao elenco, mesmo que o Coritiba não tenha convencido na questão produtividade, mesmo que a vitória não tenha sido merecida, mas o que vale, como escrevemos, são os 3 pontos mais, assinalados na tábua de classificação, possibilitando ao Coxa, figurar na 16ª posição.
"Coritiba não mereceu mas venceu"!
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