O mês de fevereiro se encerrou. Foi um mês em que o Coritiba realizou jogos em profusão. Essa maratona de jogos, claro, acaba trazendo consequências, pois afinal o corpo dos atletas não é uma máquina. Nestes casos, as lesões, as contusões mais comuns que acabam acontecendo são as famosas distensões. Os músculos ficam sobrecarregados e aí é fatal. Com certeza isso influencia decisivamente também no próprio rendimento, na própria produtividade dos atletas nas quatro linhas.
Só que temos que fazer um parênteses. Já se sabia desde antes de iniciar o Paranaense, desde antes do começo da Copa do Brasil, que os jogos aconteceriam e em profusão mesmo, caso o Coritiba fosse avançando as fases desse "torneio" que acaba se tornando o caminho mais curto para quem quer ter, quem quer conquistar um título de expressão nacional e garantir vaga na Libertadores do ano seguinte caso abocanhe o caneco.
Sendo assim, já se devia ter várias opções. Já se devia planejar bem, acertadamente, corretamente, para se ter um Elenco em condições de encarar essa correria maluca de viagens e jogos seguidos. E não estou falando só em ter um Elenco numeroso. Além de numeroso, hoje em dia os clubes precisam ter atletas com qualidade no Elenco. Não adianta ter 11 atletas de qualidade somente, ou 1 para cada posição apenas. O insucesso em Goiás, a apresentação pífia que o Coritiba realizou no território goiano não pode de maneira alguma ser justificado, ser justificada, pela maratona de jogos, pelas constantes viagens ocorridas.
Willian Matheus contundiu-se, Kleber lesionou-se, Vitor Carvalho e o próprio substituto do Vitor Carvalho, João Paulo, se machucaram. E aí, não se sabia que a probabilidade dos atletas virem a se contundir diante desse panorama não era grande?
É justamente nisso que venho insistindo. A "importância de se ter realmente um Elenco", principalmente no ano em que vai se buscar o retorno à Série A Nacional é enorme. Já entramos no 3º mês do ano de 2018 e em breve a largada da Série B será dada.
Já constatamos que em função do nível sofrível do Campeonato Paranaense de Futebol, o regional infelizmente não serve de parâmetro quando se pensa na Série B que vai se iniciar mais à frente.
O Goiás, por exemplo, que será um dos 19 adversários do Coritiba na Série B 2018, não é tudo isso, não é tudo aquilo, e todos nós sabemos disso. Ocorre que esse Goiás que aí está encurralou o Coritiba e só não enfiou uma sacola de gols no nosso amado Coxa por falta de tranquilidade e até de certa condição técnica dos atacantes do time goiano.
O Coritiba ganhou a Taça Dionísio Filho e digamos, merecidamente. O Coxa foi o melhor entre as equipes que disputaram a primeira parte do campeonato paranaense de futebol 2018 e mesmo assim, mesmo sendo o melhor entre os clubes que disputam o regional, foi presa fácil para o Goiás em solo goiano. Se fizermos essa comparação, mais do que nunca constatamos que o "ruralzão" como alguns apelidaram não serve de parâmetro para as disputas da Série B.
Claro, óbvio, que se o Coritiba conquistar o Paranaense de 2018 vamos comemorar. Será mais um título a ser somado aos muitos conquistados pelo alviverde de tantas e tantas glórias. E tomara que o Coxa vá passando as fases da Copa do Brasil. O 1 X 0 sofrido para o Goiás e que ficou "barato", ainda nos dá esperança do Coritiba vir a se fazer presente na quarta fase da Copa do Brasil. Uma diferença favorável ao Coritiba de 2 gols no placar dá a classificação ao Coxa no Couto Pereira. Não é uma coisa absurda isso acontecer. O Goiás bobeou lá e não aniquilou a coisa e agora poderá sofrer sim o castigo, mas para isso o Coritiba terá que jogar pelo menos uns 300% a mais em relação ao futebol que praticou no Serra Dourada.
Ocorre que o objetivo principal do Coritiba em 2018 é estar entre os 4 primeiros no final da Série B em termos de tábua de classificação e com certeza pelo que aconteceu até aqui estamos longe na questão de "atingir esse objetivo prioritário". Aliás muito longe.
Não podemos nos iludirmos com a conquista do Paranaense por exemplo. Já tivemos mostras disso e várias, repetidas vezes, sucessivamente nesses últimos anos, culminando com a queda em 2017 para a Segunda Divisão Nacional. E se fizermos um retrospecto da última década ou poucos anos há mais do que essa última década, verificaremos que já convivemos com o rebaixamento em 3 ocasiões. Errar uma vez, vá lá, tudo bem, duas vezes, dizem é "burrice". E 3(três) o que é?
Agora, após 3 quedas, espera-se que tenhamos aprendido. Será que aprendemos? Estou preocupado, muitíssimo preocupado com o cenário que está ocorrendo. Para não ficar só batendo na tecla do Paranaense, vamos focar na Copa do Brasil então. Classificamos, diante do desconhecido Parnahyba, com as calças na mão, empatando aos 52 minutos do segundo tempo, jogando um futebol de péssima qualidade e ainda bem que o árbitro deu aqueles não comuns 7 minutos de acréscimo. Ganhamos sem sustos do Uberlândia. Mas convenhamos, o Uberlândia está mal de mais...e agora levamos um baile do, digamos, mediano Goiás.
Já era hora de termos acordado. Wilson goleiraço, inquestionável. Marcos Moser deu conta do recado(mas já ficou de fora em função de cartão recebido). Temos substituto para o Marcos Moser? Thalysson Kelven e Romércio vem bem, mas mesmo assim acho que precisa de mais gente como opção para essas posições. Alex Alves está aí e ainda não estreou, mas será que ele seria essa opção? Willian Matheu contundiu-se, entrou o Leo e não decepcionou, mas será que não precisamos ainda de mais uma opção por ali? Vitor Carvalho e Julio Rush, em determinadas ocasiões foram bem. Vitor Carvalho contundiu-se, entrou João Paulo que também se contundiu e aí foi a vez de Simião aparecer(até aqui Simião não nos mostrou que seria uma opção...tomara que possa vir a mostrar). Será que não precisamos de outras opções neste setor? E os meias? Olha, acho que precisamos não só de 1 meia, mas sim de mais 2 meias. Kleber se contundiu(mais uma vez). Alecsandro subiu de produção nesses últimos tempos. Mas mesmo assim entendo que mais um atacante de área precisa ser contratado. E necessitamos urgente de pelo menos mais um atacante que atue pelos lados do campo.
A Série B é longa. A Série B 2018 será disputada em 38 rodadas. Contusões, lesões e suspensões, tanto por cartões amarelos quanto vermelhos irão ocorrer.
E tem mais uma. Não adianta trazer atleta para encher prateleira. Tem que contratar jogador que já se saiba de antemão que será útil. E aí não se pode contratar atleta por ouvir dizer, ou apenas por indicações duvidosas ou ainda até mesmo assistindo DVDs.
"A importância de se ter realmente um Elenco", óbvio, se o Coritiba quiser voltar a integrar a Elite do futebol brasileiro é enorme!
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