A Pandemia chegou no Brasil já há alguns meses. E com ela, vieram medidas buscando tentar conter o avanço do Coronavírus.
Como estamos vendo e sentindo, o avanço do Coronavírus aconteceu e em alguns municípios, e em alguns estados, não se tem qualquer aceno de que a COVID-19 cessará rapidamente.
Vários clubes profissionais de futebol estão tendo muita dificuldade para equacionar as coisas, e com isso vários funcionários dos mesmos já foram demitidos e os que ficaram tiveram redução nos salários e mesmo esses não estão recebendo seus salários em dia.
Atletas Profissionais de Futebol tiveram redução drástica em seus vencimentos e não poderia ser diferente. Se os clubes não estão tendo receitas como farão frente às despesas e que não são pequenas?
E isso é a nível Brasil e a nível internacional. Só que muitos clubes profissionais de futebol de alguns países do globo terrestre possuem uma moldagem bem diferente, em termos financeiros, do que nossos clubes aqui no Brasil. Mas notem bem que eu escrevi "alguns países do globo terrestre". Existem muitos clubes profissionais de futebol, em alguns outros países, que assim como no nosso Brasilzão, também estão se desintegrando.
A maioria dos clubes profissionais de futebol possuem despesas vultuosas, e precisam ter necessariamente, de algum modo, receitas.
É verdade que alguns clubes já bem antes da Pandemia se instalar aqui no Brasil, vinham capengando, e podemos citar como exemplo o Cruzeiro. Se o Cruzeiro já antes da Pandemia estava muito mal das pernas no tocante à finanças, imaginemos agora como deve estar.
Mas vamos tratar da coisa mais localizada. Aqui no Paraná já há um bom tempo a bola não rola. Na primeira leva de dispensas de funcionários realizada pelo Coritiba, por exemplo, foram pra cucuia, 44(quarenta e quatro) funcionários de uma só vez. E ficou acertado conforme acordo feito com os mesmos que mais à frente, depois que a coisa venha a entrar nos eixos, boa parte dos direitos desses funcionários dispensados será acertada. E na continuação, não sei se mais alguns outros funcionários não acabaram tendo que pegar suas ferramentas e suas canetas e irem para suas casas.
Isso sem nos referirmos aos vendedores de amendoim, vendedores de bandeiras nas cercanias dos estádios, até mesmo nos "flanelinhas"...
Quando a coisa parecia que em breve teríamos a bola rolando, a volta do Campeonato no Rio de Janeiro não foi bem vista e lá o negócio está dividido em capítulos bem diferentes um do outro. Claro que esse embrolho por lá acaba trazendo consequências quanto à volta da bola rolando nos demais estados e aqui no Paraná não foi e não é diferente.
Pra completar os casos de coronavírus que precisam de UTI, aumentaram e muito em Curitiba nos últimos dias.
Isso tudo brecou o pensamento de termos bola rolando no estado do Paraná tão cedo. A projeção que se fazia para junho ruiu e já caminhamos para a finalização do 6º mês do ano. Agora fala-se em volta da bola rolando para julho.
Não sei se o inverno, o "frio"(que ainda não chegou por aqui, mas vai chegar) é mais um complicador para se conter o avanço do vírus, ou independentemente de calor, ou de frio, não se sabe se essa coisa retrocede ou avança. Na verdade ninguém conhece de fato esse "negócio" e tudo que se disser ou se escrever por enquanto, é mera especulação. Se nem os Papas na área de Saúde no Mundo conseguiram ainda identificar algo que possa frear essa "peste", que dirá nós que somos de uma área totalmente diferente. Países que haviam dado como controlada a Pandemia, estão vendo vários casos de COVID-19 pipocarem por lá, "novamente".
Fato é que se dentro de 30(trinta) dias no máximo, a bola não voltar a rolar, muitos clubes profissionais de futebol podem acabar fechando as portas.
Aqui em Curitiba muitas lojas pequenas já fecharam as portas, algumas casas tradicionais da nossa capital seguiram o mesmo caminho e outros empreendimentos lutam arduamente para sobreviverem.
Claro que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, mas independentemente se "A", se "B" ou se "C" faz a Gestão de um clube, ou se um grupo "Y" é responsável pela Administração de um clube profissional de futebol, o mar agora, não está para peixe.
Se os casos de coronavírus continuarem avançando e forte em Curitiba e no Paraná, por pelo menos 3 semanas, da forma que o panorama está se apresentando no momento, dificilmente teremos bola rolando, até mesmo em julho, como se imagina.
A coisa é preocupante, altamente preocupante e isso tudo já deixou rastros nefastos para a sequência e deixará mais desses rastros nefastos ainda, e que irão desaguar meses à frente, já que a "peste" não cessará em 24 horas ou nas próximas 48 horas e sabemos que vai estar por aí por mais tempo.
Como os clubes profissionais de futebol de Curitiba, do Paraná, do Brasil e alguns do Globo Terrestre vão se virar com isso tudo?
Como contratar por exemplo, novos atletas para compor elenco se nem se sabe quando teremos bola rolando?
Como os atletas vão se preparar adequadamente se até mesmo os treinamentos agora tem que ser individualizados e correndo-se sérios riscos de voltarem a ser "domiciliares"?
Mas o mais preocupante de tudo isso, nesse contexto, é: "como irão ficar os caixas, as finanças dos clubes"?
Claro, óbvio que o imperioso é a vida, são as vidas dos seres humanos, e não se tem como dizer ou se escrever ao contrário disso, mas volto a repetir a mesma pergunta: como estão, como estarão e como ficarão as finanças dos clubes profissionais de futebol de Curitiba, do estado do Paraná e do Brasil?
"Pandemia desintegrando clubes de futebol profissional"!
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