Entra ano e sai ano e o Coritiba no cenário nacional é apenas um mero coadjuvante. Com sucessivas lutas apenas para fugir do rebaixamento no Brasileirão, isso já se tornou tão repetitivo que todos os analistas do futebol colocam o Coxa sempre em quinto plano e os torcedores alviverdes vão, jornada após jornada, se decepcionando cada vez mais e o que resta é apenas tristeza e nada mais. Nem esperança se tem mais quanto a dias melhores para o Coritiba, quanto a sonhar com títulos vultuosos e de expressão nacional e muito menos internacional.
Em época de eleição os postulantes a tornar um "Coxa Maior" prometem mundos e fundos, preconizam que a coisa vai mudar e que a partir de tal data tudo será diferente do que vem ocorrendo. Que nada, tudo balela e campanhas infrutíferas de elencos(um dia e já longínquo o Coritiba conquistou o Campeonato Brasileiro de Futebol), principalmente nos últimos anos, não permitem aos torcedores sonhar com algo "Maior"!
Não adianta fazer um planejamento de curto prazo, válido para 1, 2 ou 3 anos. É preciso montar um "Planejamento Forte", tendo a ciência de que para se conquistar algo grande, necessário se faz traçar "Projetos que saiam do papel".
Os apaixonados pelo alviverde paranaense estão cansados de discursos vazios, com palavras bonitas, cheio de organogramas, fluxogramas, sufixos e prefixos, que jamais fazem a coisa acontecer na prática.
Ouço falar por aí que enquanto o Estatuto do Coritiba não for modificado, jamais o Coritiba chegará ao chamado "Coxa Maior" idealizado por alguns.
Muita coisa mudou no futebol e muito, mas algumas coisas jamais terão modificações drásticas e são necessárias e obrigatórias no mundo da bola.
Uma dessas coisas necessárias e obrigatórias no futebol nascem da valorização da "base".
É preciso ter gente que já deu um chutinho em la pelota comandando a garotada. Não sou contra os paradigmas evolucionistas que se implantaram no futebol, mas não se pode rasgar a cartilha que ensina o "garoto" qual é o modo correto de bater na bola, a melhor forma de se efetuar um cruzamento, o que precisa ser desenvolvido para realizar antecipações, como se posicionar em um escanteio a favor ou em um contra e por aí vai.
Por mais que se construam planilhas oriundas do mundo cibernético, da teia da informática que se instalou também no futebol(e como disse acho que isso soma e muito), isso não ensina como desenvolver a coisa de verdade nas quatro linhas.
Em outros tempos o Coritiba formava 4, 5, 6, 7, 8, 9 ou até 10 atletas na base com reais condições de vestir a camisa verde e branca no elenco profissional, ano após ano.
Hoje surgem alguns poucos garotos nessas condições, mas comparado ao que acontecia antes é algo irrisório.
Sem um Planejamento Forte e com Projetos que saiam do papel e tenham eco no campo de jogo, jamais o Coritiba será um "Coxa Maior", infelizmente. Me desculpem aqueles que não concordam com essas minhas colocações, mas futebol é resultado e os resultados alviverdes nos últimos anos são pífios.
E para se conseguir resultado positivo no futebol é preciso visualizar o futuro, valorizar o passado e empreender no presente, sem almejar muita coisa nos próximos 12 ou até 24 meses. Dificilmente acontecem resultados imediatos no futebol.
Quem espera resultado imediato troca de técnico pelo menos 3 vezes por ano, monta 3 ou 4 elencos diferentes no ano e no final os gastos, os custos com tudo isso, vão para o ralo e os títulos vultuosos e expressivos não aparecem.
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