As últimas apresentações do Coritiba no Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil deixaram todos nós coxa-brancas preocupadíssimos com o que o Coxa pode render no Brasileirão.
Nos 3 últimos jogos, o alviverde tomou 6 gols e não fez nenhum.
O padrão apresentado pelo time na primeira partida da final do paranaense foi irreconhecível.
Na segunda partida da decisão do regional o Coritiba começou com vontade de balançar as redes do rival, mas o atleta Leandro em duas ocasiões(uma delas sem goleiro), Ruy e Alan Santos em outras oportunidades, não souberam fazer o alviverde sair na frente do placar no Atletiba. Um gol no início do clássico decisivo poderia ter dado um novo rumo nas coisas. Isso mostra que o poder de conclusão do Verdão está totalmente fora dos padrões necessários para as disputas de um Campeonato Brasileiro de Futebol. No Brasileiro apareceu oportunidade tem que guardar, senão o cachimbo cai. As chances de gol em competições nacionais, normalmente, são raras.
E os 5 gols que o Coritiba tomou nas duas partidas da final do paranaense e o gol sofrido diante do Juventude na Copa do Brasil mostram que o nosso sistema defensivo também carece de um algo mais.
O início do Campeonato Paranaense já não tinha sido bom. Para completar a decepção do torcedor alviverde, após algumas poucas boas apresentações no meio da competição, na parte final do regional o Coritiba voltou a errar muito, a jogar desorganizadamente e a mostrar que o material humano que compõe o elenco do Alto da Glória precisa de pelo menos mais 5 ou 6 atletas para as disputas do Brasileirão.
As minhas previsões iniciais para o Brasileirão 2016, em se tratando de Coritiba Foot Ball Club não são nada boas. Penso que com o que temos atualmente, somos o 17º ou até 18º elenco entre os 20 competidores.
Mas aí alguns poderão fazer observações do tipo: ah...mas o Brasileirão nem começou e você já está escrevendo que somos o 17º ou 18º elenco entre os 20 competidores; ou...como você vai escrever isso se nem conhece direito o elenco dos demais 19 clubes?
Posso responder a essas duas colocações ou observações, escrevendo que as equipes do Rio de Janeiro tiveram uma substancial melhora em relação aos últimos anos; que as equipes paulistas saem bem preparadas com o disputadíssimo regional por lá; que algumas equipes travam fortes batalhas pela Libertadores e assim praticamente preparam-se fortemente para o Campeonato Brasileiro, até mesmo com algumas delas colhendo insucessos e por aí vai.
Isso sem contar que muitos dos clubes entre os 20 competidores possuem "bala na agulha" no quesito recursos financeiros para buscarem contratações de maior peso e até certa qualidade durante o transcurso do Campeonato Brasileiro e irem se fortalecendo, já que a competição é longa. Com 38 rodadas, 38 jogos, algumas equipes deixam a coisa acontecer nas 10 primeiras rodadas para depois ajeitarem o elenco com 4, 5 ou até 6 contratações que apenas poucos clubes tem poder de fogo para realizar.
Esse negócio de dizer que o Paranaense deve funcionar como laboratório, ao meu ver é papo pra boi dormir. Se tivéssemos grandes recursos financeiros para realizar contratações de peso eu concordaria com isso, mas quais são os reais recursos financeiros que o Coritiba possui hoje?
Ano passado quando o Coxa estava com a corda no pescoço, praticamente com 1 pé e meio na Série B, foi dada a oportunidade, quase que "obrigatoriamente", para Pachequinho. O nosso confrade Pachequinho foi lá, deu conta do recado, e o alviverde marcou os pontos necessários para fugir do rebaixamento.
Nem bem o ano começa e Pachequinho recebe um certo aumento no salário, prometem a ele que ele faria cursos na Europa e ele é colocado na posição de auxiliar técnico.
Na hora que o ovo estava fritando, quase passando do ponto, Pachequinho serviu para comandar tecnicamente o Coritiba. Depois que o ovo virou um saboroso omelete, aí Pachequinho passa a não ser mais o técnico. Vá entender?
Será que é mais fácil comandar um elenco quando esse elenco é sério candidato ao rebaixamento em um Campeonato Brasileiro ou quando esse clube disputa um regional batizado por alguns de Ruralzão com um nível muito abaixo de uma competição nacional?
É o que fico a me perguntar.
Não tenho absolutamente nada contra o Gilson Kleina, mas entendo que se Pachequinho tivesse permanecido no comando técnico, além do Coritiba ter um custo bem menor, teríamos alguém que surgiu por aqui, que deu grandes alegrias ao torcedor alviverde e que demonstrou capacidade para executar a função que o cargo exige.
Não valorizamos o que por aqui temos, não reconhecemos o valor de quem por aqui surge. E é por isso que não temos força nacionalmente. Temos que parar com isso. Dirceu, Tato, Alex, Miranda, Henrique, Rafinha, Adriano e alguns outros vestiram a amarelinha apenas quando saíram daqui.
São por essas e outras que os gaúchos e mineiros por exemplo ficam muitos corpos de distância de nós paranaenses.
Com tudo isso, as minhas previsões iniciais para o Brasileirão, em se tratando de Coritiba não são nada boas. Torço para que eu esteja enganado, equivocado ou sei lá mais o quê...
S A V
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