Qualquer equipe que precisa muito da vitória em uma ou mais partidas necessita de velocidade, pressionar o adversário e de jogadas pelas laterais.
Quem no elenco atual do Coritiba possui velocidade?
A forma que a equipe vem sendo escalada possibilita exercer pressão no adversário?
O Coritiba tem em seu elenco atletas que facilitem as jogadas pelas laterais?
Talvez o atleta mais veloz do Coritiba hoje no elenco seja Paulinho, mas também não é detentor de toda aquela velocidade.
Os atacantes podem pressionar o adversário mas sozinhos isso não trará resultados. É preciso que os meias exerçam também essa pressão e o time tenha atletas em condições de adiantar a marcação fazendo com que a equipe toda participe dessa pressão.
Quais os atletas do elenco atual que possuem características para que o time faça jogadas pelas laterais, construa jogadas pelos flancos do campo?
Ney Franco tem a sua disposição atletas em que ele possa lançar mão de uma equipe que imprima velocidade, exerça pressão no adversário e realize jogadas pelas laterais?
O Coritiba, agora mais do que nunca, precisa urgentemente buscar vitórias no Brasileirão 2015, mas será que com o elenco atual que o alviverde paranaense possui, o modo mais acertado, mesmo jogando em casa, é ir pra cima do adversário?
Após um certo tempo de treinamentos e depois de realizados muitos jogos, uma equipe deve ter um plano tático definido, deve possuir entrosamento e alguns outros requisitos básicos, para ter um rendimento satisfatório que possibilite buscar vitórias, tanto dentro de casa como fora de seus domínios.
Mas, uma Comissão Técnica para implantar tudo isso necessita ter material humano com qualidades mínimas para que o trabalho apresente resultados nas quatro linhas durante a realização das partidas.
O Coritiba de hoje possui esse material humano com qualidades mínimas?
Ney Franco teve que improvisar Leandro Silva em uma das laterais, talvez pelo fato de não encontrar qualidades suficientes nos laterais de ofício que dispõe.
Carlinhos que há algum tempo atrás fazia partidas com um rendimento acima da média, atualmente já não reedita aquelas atuações anteriores.
Cáceres até o momento não conseguiu apresentar em campo um potencial que muitos esperavam que ele tivesse.
João Paulo atuou muito bem em alguns jogos, mas em algumas ocasiões, acabou deixando a desejar.
Thiago Galhardo viveu até aqui de apenas alguns lampejos. Quando se via que em alguns lances ele incorporava a coisa, na continuação apagava-se no gramado.
Ruy com seguidas contusões não foi até aqui nem a metade daquele atleta que ajudou o Operário de Ponta Grossa a sagrar-se Campeão Paranaense em 2015.
Negueba com suas jogadas de malabarismo e muitas vezes bem longe do gol adversário andou fazendo alguns gols, participou de alguns cruzamentos que redundaram em gol alviverde, mas a coisa parou por aí.
Paulinho que no Londrina colocava em polvorosa os sistemas defensivos dos adversários no Campeonato Paranaense pouco atuou no Coritiba nesse Brasileirão e quando entra demonstra estar sem ritmo de jogo, o que é natural se pouco atua.
Kleber também andou se contundindo, inclusive na sua estreia e também depois na continuação, o fato se repetiu. Portanto, sem ritmo de jogo não demonstrou e não demonstra em campo todo aquele potencial já visto em outras equipes em que atuou. E para completar em um momento crucial do jogo frente ao JEC e até em um momento crucial para o Coritiba no Brasileirão em transcurso, quando o placar apontava Joinville 0 X 0 Coritiba, desperdiçou bisonhamente um pênalti, praticamente atrasando a bola para o goleiro Agenor praticar a defesa sem a necessidade de muito esforço.
Talvez Henrique Almeida seja um dos poucos que fez um algo mais no Coritiba nesse Brasileirão ao lado do goleiro Wilson.
Diante de tudo isso, será que não é melhor o Coritiba enfrentar o São Paulo de Luis Fabiano, Ganso, Pato e companhia com 5 atletas no meio de campo, não se expondo muito, buscando evitar tomar o 1 X 0 e tentar em contra-ataques chegar ao gol do tricolor paulista?
Eu sei, o jogo é em casa. Eu sei, o Coritiba precisa da vitória a qualquer custo. Mas será que é negócio já ir pra cima logo de cara contra o São Paulo?
Não é mais indicado tentar ocupar os espaços do gramado, principalmente no meio de campo. Dizem que se um time ganha o meio de campo tem mais possibilidades de vencer um jogo.
Se não temos material humano para jogar de igual para igual contra o São Paulo tanto em solo paulista, quanto em solo paranaense, não é melhor se usar do bom senso, reconhecer esse fato e tentar equilibrar o jogo de uma maneira mais inteligente?
Quando se possui um elenco equilibrado, quando se tem jogadores de velocidade em campo, quando se possui atletas em que dá para exercer pressão no adversário e quando se tem material humano para se jogar pelas laterais das quatro linhas é uma coisa e quando se constata que não se tem praticamente nada disso, é melhor tentar se implantar outras estratégias que pelo menos não encaminhem a coisa para uma "derrota", até mesmo dentro de casa, fato aliás que em inúmeras vezes em 2015 aconteceu com o Coritiba no Campeonato Paranaense e no Campeonato Brasileiro.
Será que é difícil fazer a pergunta: o que será que fez com que o Coritiba perdesse tantas e tantas partidas dentro de casa em 2015?
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, porém demora e muito para a água furar a pedra.
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