Estrela Dourada
Parece o Coritiba terá direito a 2500 ingressos para o próximo Atle-Tiba, na Baixada, em jogo que pode (ou não) lhe dar o Bi-Campeonato Paranaense por antecipação. Pouco, para uma torcida que se diz grande.
Aí, surge a questão: como distribuir com justiça esses ingressos? Pois vai aqui uma sugestão (mais simbólica do que real): 2500 é o número exato de torcedores que fizeram questão de manter em dia os seus planos de sócios logo após o desastre de dezembro de 2009. A esses deveriam ser priorizados os ingressos para o Atle-Tiba. Não como forma de punir aqueles que simplesmente viraram as costas para o clube quando o clube mais precisava, mas sim como uma demonstração de gratidão àqueles que fizeram da fidelidade uma prova de amor verdadeiro.
Dizem que é com os erros que se aprende. Porém, também é na hora do desastre que surgem, e se insurgem, os oportunistas, eternos opositores, a apontar o dedo para tudo e todos e a dizer que tudo foi feito da forma errada por todos. E o dedo é a única coisa que apontam, um vez que das soluções não sabem (ou não querem saber) absolutamente nada. Então, se os erros realmente têm o poder de ensinar algo, que se aprenda de uma vez a não dar ouvidos a quem não visa a nada que não seja a autopromoção, construída sobre a desgraça dos outros.
Tenho consciência de que, de todos os sentimentos que o bom momento vivido pelo clube podem suscitar, o espírito de vingança é o menos oportuno, e a gratidão deve ser exaltada. Exatamente por isso, lembrei-me agora daqueles que fizeram questão de bradar aos quatro ventos o orgulho de ser Coxa Branca mesmo quando o clube estava jogado na lama. Condicionar o apoio ao clube à posição que ele ocupa, ao nome dos que o estiverem a dirigir ou ao momento que ele vive não é ser torcedor de verdade.
Da fase que o Coritiba está passando, mesmo que ainda não tenhamos conquistado nada, certamente todos estamos orgulhosos. Pois que esse sentimento de orgulho possa, então, perdurar para sempre, e não apenas nos bons momentos. Pois ser Coxa Branca, mais do que um sentimento, é uma dádiva.
Em tempo: muito respeito ao Atlético, e muitas saudades do tempo em que esse respeito existia entre as torcidas dos dois clubes, e em que os estádios eram dividos quase que meio a meio, para que a torcidas fizessem as suas festas.
popini@coxabranca.com
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)