Estrela Dourada
E eis que, às vésperas do início do Brasileirão, o assunto que domina as notícias relacionadas ao Coritiba não diz respeito a possíveis contratações, mas sim a uma provável lista de dispensas.
Esse fato, por si só, atesta o quão incompetentes foram os diretores do clube, que mais uma vez adotaram a estratégia da “tentativa e erro”. Esse método pressupõe que cada tentativa resulte em um valor a ser estudado e melhorado, de forma a que se removam os erros e se obtenha uma qualidade melhor nas tentativas futuras. Ocorre que, no caso do Coritiba, a cada tentativa os erros não são diminuídos ou corrigidos, mas sim aumentados e piorados.
Mas falemos dessa enésima tentativa de melhorar o elenco, depois de ter jogado fora a chance de testar, durante o campeonato estadual, a serventia de alguns jogadores (Giva, Mazinho, Rodolfo, Diogo Sodré....) que foram convidados a passear em Curitiba, recebendo salários pelo Coxa, pois, pela lógica (se é que ela existe sob o comando de Marquinhos Santos) se nem tiveram a chance de entrar em campo, mesmo contra os timecos (assim como também o é o Coritiba) do interior do estado, é porque devem ser piores que os já comprovadamente ruins titulares.
Penso eu que qualquer lista de dispensas, que tenha por objetivo verdadeiro afastar do elenco quem não serve para disputar um Campeonato Brasileiro, tem que ser encabeçada por Vaná, que talvez até seja dedicado e se empenhe muitos nos treinamentos, mas é incapaz de tirar proveito deles e de aprender o mínimo necessário para exercer a sua profissão. Não acredito que todos goleiros que sobrariam no elenco (Bruno, Rafael Martins, Samuel e William Menezes) consigam ser piores do que Vaná.
Para acompanhar Vaná e os turistas que trouxemos no início do ano, outro que tem que estar nessa lista é Keirrison. É louvável o seu esforço para voltar a jogar, os gols que ele fez contra o Cruzeiro, em 2013, e contra o Bahia, ano passado, foram de emocionar o torcedor, mas, a menos que ele tenha um salário apenas simbólico, posto que disputa uma ou duas partidas por ano, sai muito caro a um clube quase falido, como o nosso. Assim como também devem sair caros, pelo que (não) produzem, Pedro Ken, Cáceres, Wallyson e, principalmente, Wellington Paulista, este último aquele tipo de jogador destemperado e desleal, que mais cria confusão em campo do que produz algo de útil.
Porém, a julgar pelo nosso histórico e pela nossa “tradição” de ficar com os refugos dos outros times, em detrimento aos jogadores vindos da nossa base, é bem, provável que apenas os jogadores formados em casa sejam dispensados (para rodarem por aí e depois voltarem, como é o caso de Ruy, do Operário, recém “contratado”).
Ah, sim, nem me dei ao trabalho de citar o nosso treinador, Marquinhos Santos, porque penso que nem seria preciso, posto ele mesmo ter assinado o seu atestado de incompetência (mais uma vez) ao promover aquela lambança nas substituições no início do segundo tempo da vergonhosa final em que fomos goleados, em casa, pelo Operário de Ponta Grossa. Ali, ele provou (mais uma vez) todo o seu despreparo, ao promover alterações que deixaram o time ainda mais perdido e desencontrado em campo, provavelmente tendo que atuar de uma forma ainda não testada nos treinamentos, se é que os treinamentos dados por MS servem para alguma coisa diferente que não seja encher o time de zagueiros e de volantes e de pregar a postura covarde que vimos no campeonato regional.
Pois que esse bonde da desgraça, esse monte de refugos que nos representou no estadual, parta, deixando como herança mais uma humilhação com a qual teremos que conviver para sempre. E que venham outros jogadores (e treinadores, e diretores), para que recomece, novamente “em cima da hora”, o ciclo esperança-realidade-frustração-vergonha, que, infelizmente, virou o resumo da nossa história recente.
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