Estrela Dourada
Não sei se foi apenas o fato de Marquinhos Santos ter abandonado aquele esquema esdrúxulo de jogar com três volantes, mesmo contra times muito fracos, ou se foi a tal da “sinergia” time-torcida que parece querer voltar ao Couto Pereira, ou se foi apenas a afirmação de uma superioridade, digamos, obrigatória, que devíamos ter em nosso combalido campeonato regional.
Tenha sido lá o que quer que seja, a fácil vitória sobre o Londrina nos presenteou com algumas coisas boas, das quais estávamos saudosos.
A primeira delas foi, logicamente, a própria vitória, conquistada como sempre deveria ser, com autoridade; a segunda, foi a garra do time, que, ao contrário da partida no norte do estado, não se apequenou, não se encolheu, e soube se impor, mesmo na força, e cuja gana pela vitória ficou clara nas comemorações dos jogadores Coxas Brancas. Me agradou muito, também, a postura do capitão Leandro Almeida, que, cumprindo muito bem o seu papel de líder do time, deu o exemplo de como deixar bem claro aos adversários quem é que manda no Couto Pereira.
Confesso não me iludir, porém, achando que poderemos ter um Brasileirão igualmente tranquilo. Tenho comigo que apenas a força da torcida, e a vontade dos jogadores, não serão suficientes para que possamos, pelo menos, passar longe do sufoco de apenas brigar pra não cair. Sem bons reforços, continuaremos nossa rotina de sofrimento, entremeada aqui e acolá por algumas alegrias efêmeras. Com o perdão por repetir, mais uma vez, o óbvio.
Hoje é dia de comemorar a classificação para a final do Campeonato Paranaense, cuja conquista é, sim, obrigação. Dia de relembrar a tradição da nossa gloriosa camisa alviverde. Dia de aproveitar e gravar as imagens da vibração dos jogadores e da alegria da torcida. E dia de desejar que esses momentos possam se repetir ainda muitas vezes, este ano, e sempre.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)