Estrela Dourada
Depois da minha “folga”, motivada por desencontros e diferenças de posturas em duas vias, minha e da administração do site, eis-me de volta. Sem concessões de qualquer uma das partes, ressalto. Para mim, formalizar no papel regras que sempre cumpri, porém que nos foram impostas de maneira equivocada (assim admitida por quem as formulou, talvez corretamente, mas as implantou intempestivamente), não é um problema; já para o site, que sempre me deu liberdade em opinar de forma independente, mesmo que contrariando uma tendência mais branda, adotada depois da tragédia de 2009, continuar assim não seria, também, um problema.
Não mudamos, pois, nem eu nem o COXAnautas. E, através do antagonismo de posturas e de opiniões, é que pretendemos continuar a ajudar a pensar o Coritiba.
Depois da folga do Coritiba, motivada pela disputa da Copa das Confederações (estarei no Maracanã nos três jogos, camisa e bandeira alviverdes também), espero ver algumas mudanças.
Uma delas, sei que terei que esperar sentado. Por conta de suas falhas em momentos decisivos, algumas delas que nos custaram muito caro (Cruzeiro e Fluminense em 2009), outras (os três frangos em 2012) que puderam ser revertidas vaiado após a falha bisonha contra o Galo, parece ter acordado, e melhorado. Mas, como confiança só se perde uma vez, e da desconfiança sobrevém um medo que estará sempre presente em bolas alçadas ao nosso gol, ou chutadas despretensiosamente da intermediária, terei que aprender a conviver com o desconforto de ter, em nossa meta, alguém que, em meio a defesas salvadoras, pode vir a falhar feio, repetindo essa parte triste da sua história. Ou não, que é pelo que eu torço. Então, muita força pra ti, Vanderlei!
Outra mudança parece ser inevitável, o que me tranquiliza bastante. Ao que tudo indica, Bottinelli assumirá a condição de titular, no lugar de Robinho, deixando esse último como opção para os jogos onde ele costuma se destacar, ou seja, contra adversários muito fracos e em jogos que não valem muita coisa.
Já outra mudança DEVERIA ser inevitável, mas, infelizmente, fica arriscadamente no quase. Depois da partida ridícula contra o Fluminense, em que errou milhões de passes e cedeu bilhões de contra ataques ao adversário, Junior Urso quase foi sacado do time. Mas recebeu outra chance de Marquinhos Santos. E continuou a fazer o que sempre faz: correr como um louco para roubar bolas, a maioria delas que ele mesmo perdera antes; tropeçar na bola quando, sabe-se lá por que, resolve apoiar o ataque, e rodar como uma barata tonta pelo gramado, sem guardar posição, fragilizando assim a consistência defensiva da equipe, mas encenando muita disposição e garra para quem gosta de movimento, não de efetividade.
Eis que, de onze posições, listei três que, em minha opinião, deveria existir uma troca de jogadores. Para as outras oito, resumo: SE Emerson voltar bem, teremos uma das melhores duplas de zaga do Brasil; SE Diogo ganhar mais confiança à medida que os jogos se sucedam, teremos amenizado o nosso problema da lateral esquerda (e ainda podemos ter por ali o menino Abner que, SE repetir no profissional o que fez nas categorias de base, pode vir a ser o fim da nossa interminável aflição com aquele setor); no meio de campo, espero que Sérgio Manoel possa voltar bem, para compor com Willian e/ou Gil uma boa dupla de volantes; espero, também, que essa bobagem que se ouve por aí sobre a volta de Marcos Paulo não passe disso, uma bobagem; no ataque, que Rafinha e Deivid possam ter substitutos à altura, já que as contusões os perseguem. Não vou falar muito sobre Keirrison. Digo apenas que gostaria MUITO de vê-lo brilhar novamente, mas receio que isso seja difícil de acontecer, posto que ele só voltou ao Coritiba porque, penso eu, esse seria o único clube (e a única torcida) que aguardaria o tempo que fosse para saber o resultado da aposta na sua recuperação.
Caso a resposta para os SEs acima seja positiva, devemos conseguir passar esse Brasileirão sem sobressaltos. Racionalmente, não creio ser possível nos mantermos nas primeiras posições (menos mal que o que de pouco existe no futebol é a lógica). Já passionalmente, me deslumbro ao ver os desfiles de Alex pelos gramados, e, confesso, não sei descrever a alegria por vê-lo com a nossa camisa outra vez, fazendo gols importantíssimos, como na final do regional e no jogo contra o Fluminense. Alex é um convite ao inimaginável, é uma porta aberta ao mundo dos sonhos realizáveis, é um caminho possível para as estrelas douradas pelas quais suspiramos.
Depois das folgas, então, que estejamos todos prontos para trabalhar MUITO pela realização dos nossos sonhos alviverdes!
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