Estrela Dourada
"Se você se dispõe a enfrentar uma eleição, coloca seu nome para ser avaliado por um conjunto de eleitores, recebe deles a confiança que implica não apenas na sua vitória naquela disputa eleitoral, mas também na derrota de outros que tinham propostas diferentes da sua, você não pode simplesmente desistir no meio do caminho, desprezando o fato de ter assumido um compromisso com aqueles que acreditaram na sua palavra. Afinal de contas, você foi votado.
Quando você enfrenta dificuldades para alcançar os objetivos que busca, você pode desistir, ou pode perseverar. Mais do que de fatores externos, tudo vai depender, principalmente, da sua força de vontade, do seu compromisso consigo mesmo (e com quem acredita em você), e do que lhe dita as ações: o medo ou a coragem, o comodismo ou a vontade de lutar."
Escrevi os dois parágrafos acima no dia 21 de maio deste ano, logo após a renúncia do, no meu entendimento, principal membro do G5 eleito em dezembro do ano passado (Ricardo Guerra), que saiu do clube junto com o Medina.
E eis que ontem, mais dois “Gs” pularam fora do barco alviverde, este já quase naufragado: Ernesto Pedroso, e um outro cara que nem o nome eu sei dizer, pois só apareceu no noticiário como credor de uma dívida restante do processo eleitoral do clube.
Particularmente, sou da opinião que Ernesto Pedroso tinha que sair mesmo, posto ter errado tudo o que fez neste ano, em relação à contratação de jogadores, ainda que, obviamente, tenha tentado acertar. O problema dessas renúncias é que elas “coroam” o desmanche de uma diretoria eleita com a promessa de fazer um Coxa Maior, e que o que sobrou do G5 original (um presidente que entende de cartório, e um vice que entende de turismo), não nos permite ter nenhuma esperança de que a promessa de melhorar o clube possa ser cumprida.
Se levarmos em consideração também que quem restou, seja na diretoria, seja no comando dos conselhos do clube, não tem feito outra coisa nos últimos anos que não seja perambular entre oposição e situação, que os jogadores másters que Pedroso deixou como herança não aguentam jogar duas partidas seguidas, que o departamento médico continua lotado, que os contundidos continuam a levar anos para se recuperarem, que temos apenas oito pontos ganhos em 11 rodadas, que os jogadores que conseguem entrar em campo desconhecem por completo o que seja garra, então não há como não dar como praticamente certo o nosso rebaixamento para a segunda divisão, pois, ainda que possam existir times até piores do que o nosso, a bagunça administrativa na qual o clube está imerso impossibilita completamente a reparação dos erros que estão nos levando mais para o fundo do buraco.
A única diferença entre a atual diretoria do Coritiba e as anteriores (se é que pode haver diferenças, uma vez que os membros são praticamente os mesmos, capitaneados por Rainhas da Inglaterra diferentes) é que as que passaram pelo clube antes, nos últimos anos, demoraram um pouco mais para demonstrar a sua incompetência, chegando até a nos dar algumas alegrias efêmeras. Nisso, no que diz respeito à rapidez para se revelar incompetente, e no empenho para tentar reduzir o Coritiba a pó, esta diretoria atual realmente está sendo “Maior”...
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