Estrela Dourada
Depois do longo período de treinamentos, camuflados de jogos oficiais, contra equipes que buscavam a classificação (duas vagas) para disputar a quarta divisão do campeonato brasileiro, eis que, finalmente, o Coritiba vai poder testar toda a sua força contra uma equipe que, pelo menos, disputa a terceira divisão nacional.
Tudo bem, não há como ser diferente. Ou até haveria, mas, para conseguir manter o padrão que leva a seleção nacional de futebol a tomar uma goleada de 7 x 1, em casa, em uma semifinal de Copa do Mundo, a manutenção das disputas dos fraquíssimos campeonatos regionais é imprescindível.
Não que esses jogos do estadual sejam de todo inúteis, pois servem para dar entrosamento aos jogadores alviverdes que, tais como Negueba, Wellington Paulista, João Paulo, Alan Santos, Mazinho, Rodolfo, Giva, e Wallyson, por exemplo, estavam afastados dos elencos titulares de suas antigas equipes. E assim, dentro do que era esperado, nosso time alcançou com tranquilidade as semifinais do Campeonato Paranaense.
Agora, contra o Londrina, atual campeão do Paraná, poderemos, enfim, ter uma primeira ideia do que esperar do nosso time para o restante do ano. Nem tanto pelo poderio técnico do nosso adversário, mas, principalmente, pela sua tradição (regional) e pela empolgação de sua torcida, que deve lotar o Estádio do Café, impondo ao Coritiba uma pressão que ainda não enfrentamos este ano. Isso sem falar da importância do jogo em si, que vale uma vaga para final do campeonato onde, por sinal, nem conseguimos chegar em 2014.
A despeito das dificuldades inerentes a um jogo inserido nesse contexto, a lógica associada aos objetivos traçados para 2015 (e não a imprevisibilidade do futebol, obviamente) impõe que não passemos por muitas dificuldades contra o Tubarão, nem contra quem quer que seja que também chegue à final.
Lembro-me, com muitas saudades, dos tempos do hexacampeonato paranaense, das finais contra o Atlético (em três jogos, com o Couto lotado - como, aliás, tem que voltar a ser hoje), em 78, e contra o Colorado, em 79. Imagino que exista algum sentido em dizer que os anos dourados do Coritiba, em termos nacionais, foram, em parte, consequência da existência de um campeonato paranaense forte, em que éramos hegemônicos e não temíamos ninguém. Naquele tempo não existia o risco de, ao final do regional, ter que recomeçar tudo do zero. Sei que hoje o Coritiba trabalha muito para que volte a ser assim. E que assim seja, então...
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