Estrela Dourada
“Esse modelo não serve ao Coritiba”, disse Vilson Ribeiro de Andrade, quando questionado sobre a possibilidade de o Coritiba construir um novo estádio nos mesmos moldes da parceria do Grêmio com a OAS.
Mas então, presidente, qual é o modelo que nos serve? Se um clube como o Grêmio Porto Alegrense, que tem mais torcida, mais sócios, patrocínios maiores, cota de tv maior, títulos nacionais, Libertadores, Mundial Interclubes, quase tudo a mais do que o Coritiba (digo quase porque o amor da sua torcida não é maior do que o nosso pelo Coxa), não conseguiu viabilizar a construção de um novo estádio com recursos próprios, ou melhor, se NENHUM clube do Brasil conseguiu isso, como o Coritiba irá conseguir?
A despeito de quase todos saberem há anos que não se poderia perder o bonde da história puxado pela locomotiva da Copa do Mundo 2014, que está passando pelo Brasil todo e entregando a quase todos os clubes novos estádios, seja de maneira vergonhosa, com o uso do dinheiro público, que acertadamente não aceitamos, ou através de parcerias que, em tese, prejudicam os clubes (Grêmio e Palmeiras, imagino, devem ser os clubes mais ingênuos da face da terra, para serem enganados assim...), talvez já seja tarde demais para o Coritiba.
Uma cidade como Curitiba certamente não precisaria de duas arenas multiuso, e não sei quem poderia se interessar em erguer uma para o Coritiba. Porém, o Estádio Couto Pereira está localizado em uma área nobre da cidade, talvez até mais valorizada que a da Azenha, onde estava a sede do Grêmio, trocada pela nova Arena. Nossa moeda de troca não poderia nos garantir até alguma vantagem, então?
Mas repito a pergunta: qual é o modelo que nos serve, presidente? Esse modelo consta no tal projeto que, a despeito de nunca ter sido detalhado, serve de desculpa para tudo o que acontece no clube, seja bom ou ruim?
Em uma das opiniões que já dei aqui, aqui e aqui sobre esse assunto, eu escrevi que, a meu ver, e apenas isso, o Alto da Glória será onde o Coritiba estiver. Freqüento o Couto Pereira desde o tempo em que as curvas não tinham três anéis. Amo esse estádio tanto quanto o Coritiba. Mas já passou da hora de seguir em frente. Chega de remendos no Couto Perira. E na nossa história.
"Para fazer estádio hoje é preciso um estudo cuidadoso e um projeto que não comprometa o futuro do clube", também falou VRA, sobre o mesmo assunto. Mas, sinceramente, dá pra pensar em futuro quando já estamos ficando para trás ainda de quase todos os grandes clubes do Brasil?
Então, presidente, qual é o modelo que nos serve?
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