Estrela Dourada
Quando eu escrevi neste espaço, há alguns dias, que esse era o pior Coritiba de todos os tempos, talvez eu não tenha exagerado tanto quanto alguns disseram.
Senão, vejamos: começamos o ano com um time formado basicamente por garotos da base e por jogadores que voltaram de empréstimos por serem ruins. Aí, ouviu-se o discurso que haveriam contratações pontuais, para suprir as carências óbvias que um time formado por meninos e por refugos certamente apresentaria.
Pois bem, eis que as tais contratações pontuais estrearam e, no jogo imediatamente seguido, parecia haver uma sensação de alívio (que, na verdade, deveria ser de desespero) pela volta do “time titular”, aquele formado por garotos e por refugos.
Difícil entender essa política de contratações do Coritiba, que aliás, segue a mesma das gestões passadas, a despeito das inúmeras promessas mentirosas de que seria diferente agora. Vamos sempre atrás de jogadores encostados em seus clubes, que não estão sendo aproveitados, na maioria das vezes por comprovada deficiência técnica, mas também por problemas físicos e/ou disciplinares. Ora, mas com que motivação um jogador assim chegará para vestir a nossa camisa?? Não seria menos arriscado, mais barato e até mais inteligente ir atrás de jogadores desconhecidos que tenham se destacado em clubes menores, e que poderiam olhar o Coritiba como uma oportunidade de aparecerem em um clube médio, que ainda merece alguma atenção da imprensa?
A impressão (?) que fica é que, novamente, está tudo errado dentro do clube. Querem subir toda a base de uma vez só, entregaram essa responsabilidade a um treinador sem nenhuma experiência, contrataram muito mal, sobrevalorizaram a “conquista” do primeiro turno de um campeonato ridículo, e continuam em silêncio, passando a ideia de que tudo está sob controle, quando a Série B já está a bater em nossa porta e nem o esqueleto de um time minimamente competitivo temos.
Será que a tão apregoada falta de dinheiro e a requentada desculpa da herança maldita deixada pela gestão passada justificam que se erre em todas as contratações, ou que não se busque o mínimo de experiência para comandar nem o departamento de futebol nem o próprio futebol em campo?? Este ano, com dívidas, com herança maldita ou não, ainda teremos a maior cota entre os participantes da segunda divisão. E se não subirmos? E se, pior ainda, formos rebaixados?? Ah, mas essa hipótese é absurda!! “Coisa de pessimista!” Sinceramente, será mesmo? Analisando friamente o que está sendo feito e, principalmente o que NÃO está sendo feito, dá pra desconsiderar o pior, ou deixar pra se preocupar com ele só depois??
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