Estrela Dourada
Boi, boi, boi... Boi da cara preta, pegue esse time que tem medo de careta....
Essa deve ter sido a preleção de Marcelo Oliveira minutos antes do jogo contra o combalido (e em crise) time do Flamengo.
Pois, não bastasse o time alviverde ter entrado completamente sonolento em campo, quando despertou ainda se manteve em um estado letárgico, errando milhões de passes.
O resultado não poderia ter sido outro: mais uma derrota no Brasileirão, a terceira em quatro jogos. Mas, como sempre, foi o juiz quer roubou, foi o pensamento na Copa do Brasil, foi o gramado ruim, foi a chuva, foi o azar, foi Vênus que passou sobre o Sol na semana passada....
Desta feita, porém, não vou jogar toda a culpa em cima do estagiário que comanda o nosso time no banco porque, a despeito de ele continuar sendo incapaz de criar algo novo em campo, são os jogadores que parecem não saber do tal “projeto” da diretoria para o Coritiba.
Um time que entra pro jogo completamente desligado, que bate recordes de passes errados, que perde gols de forma bisonha como fez o Roberto, que continua com um zagueiro improvisado (há mais de um ano!) de lateral esquerdo que só faz olhar de longe os ataques do time adversário, um time desses não deve ter comprometimento com nada.
E, se forem verdadeiras as notícias de que Rafinha não viajou para São Paulo porque pediu para não ir, por não se sentir “confiante”, mesmo estando em plenas condições de jogo, soma-se mais um elemento à hipótese de que continuamos a bancar os idiotas ao acreditar que nossa gloriosa camisa está sendo honrada, se não pela técnica, ao menos pela garra.
Sim, eu sei que essa semana é semana de decisão, que a hora é de apoio, e blá, blá, blá... Já pensei assim antes, já agi assim, mas agora faço parte do time dos que acreditam que a motivação do jogador deve vir da sua consciência profissional e do respeito dele pela camisa que está vestindo. E sim, eu também sei que isso é utópico, pois a maioria dos jogadores pensa primeiro em si próprio, para só então se lembrar do “simples torcedor” que AMA o clube pelo qual ele joga.
Chega de inverter a situação. Não sou eu que tenho que inventar palavras para motivar profissionais. São eles que têm o dever de retribuir a nossa devoção pelo Coritiba, têm que correr como se fosse o último jogo de suas vidas e como se realmente se importassem em ter seus nomes escritos na história do Coritiba. O que resolve nesses momentos não são letras ditas, escritas ou tecladas. O que resolve nesses momentos é a garra, é a lembrança dos momentos de superação, é a vontade de vencer, é acreditar que nada mais serve, senão a vitória.
Chega de se conformar em ser coadjuvante. O papo lugar comum sobre “cair lutando” já não cabe mais. É chegada a hora de ser campeão! NA RAÇA!
Acorda, Coritiba!
Em tempo: a parte que me cabe eu farei. Vou torcer até o fim, e vou ostentar meu orgulho em ser Coxa Branca qualquer que seja o desfecho.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)