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Estrela Dourada
Esperar o que de um time que, precisando vencer a qualquer custo, entra em campo com uma postura covarde, marcando no campo de defesa, dando espaço para o adversário, abdicando de tomar as iniciativas, que sai na frente por mais um aborto do destino (um pênalti vergonhosamente marcado a nosso favor, tão vergonhoso que, confesso, torci para que o Wilson errasse)?
Esperar o que de um treinador que, mais uma vez, mexe errado no time, piora o que já está ruim, manda fazer cera com cinco minutos, se borra todo de medo de atacar, fica com uma cara de bocó à beira do gramado, vendo o resultado de suas bobagens nas substituições??
De todos esses últimos humilhantes anos em que só passamos vergonha brigando pra não cair, este é o que mais merecemos ser rebaixados. Em nossa última partida em casa, depois de ver a torcida atender ao apelo dos jogadores e do treinador, e lotar o Couto Pereira, o que tivemos em troca??? Covardia e apatia! Um tapa na cara de todos!
Não bastasse toda essa dor, ainda vão nos fazer aguentar mais uma semana com discursos de motivação, que são só da boca pra fora, que não se traduzem nunca em ações dentro de campo. Acredite, se quiser. Acredite quem quiser. Afinal, as lágrimas daqui a pouco vão secar, os minutos vão passar, e lá estaremos nós novamente, esperançosos, teimando em brigar com a realidade...
Todo nosso orgulho em ser Coxa Branca foi transformado em raiva e dor. Raiva em ver nossa camisa alviverde ser tratada com desdém, de saber que nem um estádio lotado é capaz de motivar a quem a veste, que não há luta por parte dos jogadores, que a soberba do pseudo treinador que fracassou com essa camisa e com ela se acha um vitorioso enganou a tantos, e dor, muita dor no peito, que dilacera a alma, pois decorre do pior dos sentimentos, o sentimento de vergonha, de humilhação, de inferioridade, da consciência de caminharmos para o fim.
Para quase tudo na vida, dizem que existe o amanhã. No caso do Coritiba, nunca dá pra saber se isso é bom, ou é ruim.
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Marcus Vinicius Fonseca Popini foi ao Estádio Belfort Duarte, hoje major Antonio Couto Pereira, pela primeira vez, em 1975, aos nove anos de idade. Coxa Branca de nascimento, pai de duas filhas, geólogo pela UFPR com mestrado em Geofísica pela UFBA, participante do site COXAnautas desde 2006, Popini hoje corre o mundo por conta de sua profissão, sempre levando as cores do Coritiba por onde passa.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
