Estrela Dourada
Explicando o post abaixo.
(1) Ter mudado a forma do time atuar exatamente no último jogo de um campeonato em que éramos a sensação, e (2) ter um pífio aproveitamento fora de casa no Brasileirão são duas das teclas nas quais eu mais tenho batido para defender o meu ponto de vista sobre Marcelo Oliveira. Explico ambas a seguir.
(1) Jogando em casa e precisando vencer o Vasco por uma diferença de dois gols para ser campeão, Marcelo Oliveira optou por, pela primeira vez no campeonato (!), e exatamente na decisão (!!), mudar todo o esquema que vinha dando muito certo, e armar o time com três volantes. E a pergunta que ficou (e que continua sem resposta até hoje) foi: por que ter escolhido Marcos Paulo para substituir Anderson Aquino, ao invés de optar simplesmente por colocar outro centroavante (Leonardo), ou mesmo um terceiro volante com experiência em decisões (Tcheco)? Pois nosso treinador inventou (e queimou) Marcos Paulo, jogando fora 30 preciosos minutos que poderiam ser suficientes para o time recuperar-se até de mais duas falhas de Edson Bastos. E sim, é preciso nunca esquecer este erro, pois, além de ter nos custado nossa redenção definitiva, nunca foi admitido pela pessoa que o cometeu.
(2) Com a ajuda do amigo Marcelo Algauer, eis o histórico de Marcelo Oliveira na sua curta carreira como treinador de futebol (em times principais, não em categorias de base), no que diz respeito ao aproveitamento em jogos FORA DE CASA no Campeonato Brasileiro (primeira e segunda divisões):
No Atlético Mineiro, em 2008:
11 partidas (10 pelo Brasileiro e 1 pela Sulamericana), 3 vitórias, 1 empate e 7 derrotas
Aproveitamento de 30,3 %.
12 GP, 18 GC, saldo -6
(foi demitido em 09 de dezembro de 2008, após o fim do Brasileirão daquele ano)
No Ipatinga em 2009:
6 partidas, 1 vitória, 3 empates e 2 derrotas
Aproveitamento 33,33 %
5 GP, 9 GC, saldo -4
(foi demitido em 16 de julho de 2009, após uma derrota por 2x0 para o Paraná Clube)
No Paraná Clube, em 2010:
13 partidas, 2 vitórias, 2 empates e 9 derrotas
Aproveitamento de 20,51 %
14 GP, 27 GC, saldo -13
(foi demitido em 02 de outubro de 2010, após levar meia dúzia de gols da Portuguesa, no Canindé).
No Coritiba, em 2011:
16 partidas, 2 vitórias, 5 empates e 9 derrotas
14 GP, 25 GC, saldo -11
Aproveitamento: 22,91 %
Fechando a conta (como disse meu amigo Algauer):
Nos últimos 3 anos, o técnico do Coritiba fez 46 jogos como visitante. Alcançou 8 vitórias, 11 empates e 27 derrotas.
Disputou 138 pontos, conquistou 35. Aproveitamento de 25,36 %
Ou seja, historicamente, Marcelo Oliveira tem um péssimo aproveitamento comandando equipes em jogos como visitante. SE buscamos algo realmente diferente, fica claro que uma mudança é necessária. Se não de treinador, como eu acho ser o certo a fazer, no mínimo de postura do treinador.
Eis quase tudo. Dois dos pontos pelos quais eu acho que Marcelo Oliveira não deve permanecer como técnico do Coritiba estão esmiuçados. Em tempo, falarei de outros.
Volto a dizer que essa é apenas a minha opinião. Não sou menos ou mais Coxa Branca do que ninguém, por tê-la. Não misturo as coisas e faço críticas generalizadas a tudo e todos. Não falo por oportunismo, ou por direcionamento de alguém, pois já escrevi cerca de 300 posts/colunas neste espaço, nos quase seis anos em que aqui estou, com total independência. Quero, como todos nós queremos, um Coritiba cada vez maior. Sei que é desnecessário afirmar isso a quem me conhece. Porém, àqueles que não aceitam opiniões diferentes das suas, não tenho a pretensão de que aceitem as minhas, mas que apenas as respeitem, como meras opiniões pessoais que são.
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