Estrela Dourada
No Brasileirão 2011 o Coritiba disputou, até agora, 11 partidas fora de casa.
Ganhou duas (Santos e América-MG), empatou duas (Avaí e Bahia) e perdeu sete.
Dessas sete derrotas fora de casa, seis foram para times “poderosos”, como gosta de dizer o nosso treinador: Corinthians, Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Flamengo e Vasco; uma foi para o Atlético-GO (que foi goleado em casa pelo seu xará paranaense).
Nosso ataque fez, em casa, 29 gols; fora de casa, 10 gols.
Nossa defesa levou, em casa, 11 gols; fora de casa, 18.
Em termos de aproveitamento fora de casa, 14 times (que também jogaram contra adversários "poderosos") têm desempenho melhor do que o nosso (24 %).
LÓGICO que as partidas disputadas fora de casa são mais difíceis (os adversários do Coritiba que o digam, quando jogam no Couto Pereira).
OBVIAMENTE, não daria para ter desempenhos iguais dentro e fora do Alto da Glória.
MAS, caso a meta seja mesmo disputar uma vaga para a Libertadores 2012, ou mesmo o título do campeonato, também não é ÓBVIO e LÓGICO que nossa campanha fora de casa tem que melhorar?
Não sou idiota para pedir o impossível. SE tenho insistido de que podemos ganhar mais partidas como visitantes, é porque enxergo, no nosso time, potencial para tanto. Desde o começo do ano tenho escrito várias vezes que, ainda que não tenhamos um super time, temos o melhor elenco que nos foi dado nos últimos anos. E vem daí, do fato de, a meu ver, não estarmos usando toda a nossa força, a minha “cobrança”.
É preciso, sim, mudar a forma de atuar fora de casa. Se é o azar que tem determinado nosso baixo aproveitamento, que não se dê mais chance a ele, evitando repetir, por exemplo, o comportamento demonstrado diante de Vasco, Flamengo (que ganhou sua última partida no campeonato diante de nós), Cruzeiro e Corinthians, que foi contentar-se "apenas" com um empate, ou liberar o time para atacar só depois de estar atrás no placar.
De nossas próximas quatro partidas no campeonato, três serão fora de casa (Inter, Ceará e Figueirense). Eis, pois, nossa chance de fazer jus ao potencial que temos e às conquistas com as quais temos sonhado, embalados pelos discursos feitos por quem trabalha no Couto Pereira.
LÓGICO que tenho plena noção da dificuldade que será enfrentar o Inter (pra mim, o provável campeão dessa temporada, se eu tivesse que apostar em alguém usando somente a razão) no Beira Rio. Discursos versando sobre o poderio do adversário certamente irão caber no contexto das entrevistas pré e, como tem sido de costume, pós-jogo. Ainda assim, acredito em uma vitória Coxa Branca (para ficar bem claro: acredito, mas nem de longe acho que é obrigação). O primeiro passo para que ela aconteça é que nossos jogadores também acreditem que ela é possível. O segundo, é que nosso treinador não tenha medo de ser feliz.
Em tempo: ainda que alguns teimem em não enxergar isso, talvez por conta da minha incapacidade em me fazer claro, pois desenho muito mal, NUNCA fiz qualquer associação de minha insistência em fazermos valer nosso potencial (como time), com o momento que vive o nosso clube.
Quem se der ao trabalho de reler tudo o que já escrevi aqui, certamente irá perceber que não só apóio o que tem sido feito pela parte diretiva do clube, como também entendo que, caso esse trabalho não possa ter continuidade, dificilmente teremos outra chance tão boa de atingir o patamar dos grandes clubes do futebol brasileiro.
Porém, se as sementes plantadas estão crescendo e florescendo saudáveis antes do que se imaginava, por que não adubá-las (com responsabilidade), ao invés de ir contra a sua natureza de dar frutos mais cedo do que o inicialmente previsto?
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