Estrela Dourada
O que mais tem me surpreendido quando converso com alguém que integra ou que apoia a chapa que venceu a última eleição no Coritiba é a teimosia em não reconhecer que algo está errado na filosofia de trabalho que foi adotada.
Era óbvio que um time montado a base de sobras e devoluções não daria conta nem do campeonato regional, e muito menos será capaz de nos levar de volta à primeira divisão. Porém, terminado o jogo em que fomos derrotados em casa pelo time B do Atlético, eis que nenhum dos dirigentes apareceu para dar a cara à tapa na coletiva. Atitude típica dos velhos covardes inconsequentes que nos dirigiam antes, mas tristemente repetida pelos “jovens revolucionários” que nos dirigem agora.
Tenho dito, nas conversas com amigos, que a atual administração do Coritiba parece uma seita. Um líder carismático, com oratória excelente, cativante, que faz sonhar, e uma legião de seguidores carentes e sofridos, que se guiam pelas palavras do líder, abdicando da razão e trocando o presente sofrido pela promessa de um futuro pleno e glorioso, repleto de felicidades.
Sim, eu concordo em dar chance a jogadores vindos da base. Mas entregue-os a um treinador com experiência suficiente para ensinar a eles a melhor forma de fazer essa transição para o profissional, e não a um cara que TAMBÉM está fazendo essa transição. E sim, eu também concordo que é fundamental sanear o clube financeiramente, mas não ao custo de esquecermos que um time que só fracassa NUNCA terá apelo comercial para patrocinadores, televisão e, principalmente, sócios. A continuar essa austeridade financeira, única entre os clubes brasileiros, logo as pregações diretivas, cada vez mais esporádicas, terão que abusar da fé dos torcedores e passar a implorar por algo do tipo “contribua com quanto você puder”.
Dizem que virão mais três reforços (um deles já nesta semana). Espero que eles sejam alguns níveis acima dos dois que já chegaram (Benitez e Simião). E acho que precisaremos de bem mais do que três. Sob pena de este ano ser o mais longo e triste de nossa história.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)