Estrela Dourada
Aqui no Rio de Janeiro, você não precisa ver tv ou ouvir o rádio pra saber quando sai algum gol do Flamengo. Você pode até nem saber que ele está jogando, mas logo se dá conta quando a cidade comemora e você escuta, esteja onde estiver.
Já morei em Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Manaus, além de outros lugares menores. Nenhum lugar se compara a esse inferno chamado Rio de Janeiro, seja nos aspectos que não cabe aqui discutir, seja no tamanho e devoção de uma torcida de time de futebol.
Pois ontem o Rio de Janeiro ficou em silêncio. O Coritiba calou esta cidade. Depois que Carleto e Cléber aquietaram os flamenguistas, Wilson os fez engolirem o grito de gol e deixou em todos o gostinho amargo da frustração. O Rio dormiu quieto.
Meu carro tem dois adesivos do Coritiba, um na frente, outro atrás. Isso já há muito tempo. Já ganhamos outras vezes do Flamengo, mas dessa vez foi especial, acho que pelo sofrimento imenso que vimos passando. Hoje, dirigindo pro trabalho, me sentia pilotando um daqueles monster trucks, tinha a sensação de que todo mundo me olhava assustado. Sim, eu sei, puro devaneio, pequenez, carência, saudade de já ter sido grande, sei lá o que... Mas era questão de curtir o raro momento.
Não vou negar que senti uma vontadezinha de escrever algumas linhas detonando o Marcelo Oliveira pela aberração de ter escalado o Dodô ontem, mas vou dar uma trégua. Tenho que aproveitar que essa cidade hoje é minha!
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)