Estrela Dourada
Dois “reforços”: Simião e Cesar Benitez.
A saída de alguns inúteis (Filigrana, Anderson, Keirrison, entre outros), mas a volta de outros ainda mais inúteis: Ruy (Deus do céu!!) Kady, Thiago Lopes, Evandro, Guilherme Parede, etc.
A permanência do de Alecsandro, um cara que atestou a sua total falta de compromisso com o clube desde o episódio da mochila.
Tudo isso associado a um monte de garotos que serão jogados na fogueira, para serem cobrados pela torcida como os responsáveis por levar o Coritiba de volta à Ilha da Fantasia (a Série A) já em 2018, sob o comando de um técnico tão experiente quanto decidido (“não imaginamos Alecsandro e Kleber atuando juntos, mas pode acontecer”).
O fato é que a troca (?) da diretoria cria uma cortina de fumaça sobre algo que me parece ser extremamente claro: se no início de anos anteriores o Coritiba apostava em algumas contratações de refugos de outros times, este ano resolveu apostar na volta de refugos do próprio Coritiba, que saíram do clube porque não conseguiam ser aproveitados nem nas porcarias dos times que montamos nos últimos anos, e que agora voltam como esperanças, dentro da “nova realidade financeira” alviverde.
Aí cabe a pergunta? Descontados os fatores esperança e milagre, tão palpáveis quanto nossa grandeza nos dias atuais, dá pra acreditar que tem com como dar certo? Fossem os mesmos dirigentes do ano passado (se é que não são...) que tivessem adotado essa estratégia, tudo estaria tão calmo como está hoje, um dia depois dessa reapresentação, tão cheia de novidades quanto de emoção?
Penso que, na realidade, tudo está sendo feito exatamente como vem sendo feito há anos: vão usar o campeonato regional como “laboratório”, para ver até onde poderemos ir, para só então começarem a se mexer de verdade. Campeonato regional esse que, no final das contas, só serve para criar mais ilusões ainda, na medida em que um possível título não tenha outro efeito que não o de camuflar ainda mais as nosssas deficiências, como aconteceu no ano passado.
Não sei bem se isso é um paradoxo ou um trocadilho, mas talvez essa tão lindamente discursada “austeridade financeira” ainda venha a nos custar muito caro. Se por um lado é difícil entender como os times que conseguem os maiores títulos do futebol brasileiro e sul americano são também aqueles que detém as maiores dívidas, por outro não há como negar que torrar a maior parte do orçamento com o pagamento de juros impede que o clube cresça de maneira consistente. Então, se aceitarmos a ideia de que o saneamento financeiro do clube deva ser a prioridade absoluta, temos que estar preparados para descermos ainda mais, pois as probabilidades de se obter sucesso apostando no imponderável e no que já foi testado antes (e não funcionou) são mínimas. O que não se pode, porém, é tentar ofender a inteligência do torcedor e judiá-lo ainda mais, fazendo-o crer que a fé e o pensamento positivo serão suficientes para lhes devolver o mínimo que eles merecem, que é o direito de andar de cabeça erguida.
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