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Marcus Popini12/08/11, 14h20
Estrela Dourada

Então tá.

Semana agitada no Alto da Glória.

Na terça feira, uma reunião entre comissão técnica, dirigentes e atletas, para “aparar arestas” e ajudar a recolocar o Coritiba nos trilhos.

Na quarta feira, os jogadores do elenco, tendo como porta-voz Tcheco e Jonas, fizeram questão de demonstrar seu apoio ao técnico Marcelo Oliveira.

Na quinta feira, integrantes do G9 Coxa Branca afirmando, com o aval de Marcelo Oliveira, que é com esse elenco que devemos ir até o final do ano.

Também na quinta feira, informações da imprensa dando conta que o vice-presidente do Coritiba não apenas confirma a manutenção de Marcelo Oliveira no cargo de treinador do Coritiba, mas revela a intenção de “já em outubro ou novembro renovar com toda a nossa comissão técnica por mais um ano”.

Enquanto isso, fora do Alto da Glória, Giovanni Luigi, presidente do Internacional, de Porto Alegre, confessou estar muito angustiado com a dificuldade de contratar um treinador para a sua equipe, dizendo não haver alternativas; já o treinador do Palmeiras, derrotado pelo time misto do Vasco na estréia da Copa Sul Americana, indagado sobre a necessidade de reforços para o seu time, respondeu: "contratar quem? Todos estão jogando. Não tem como buscar estrangeiro e nem brasileiro. Não tem."

Pois bem. Ainda que Marcelo Oliveira pudesse ter sido demitido do Coritiba logo após a final da Copa do Brasil, por conta do erro que cometeu nesse jogo (com uma cartinha de muito obrigado pela bela campanha realizada até antes dessa partida), e ainda que o Coritiba pudesse ter buscado jogadores no mercado sul americano antes do fechamento da janela, hoje a diretoria nos diz que o Coxa vai com o que tem (treinador e jogadores) até o final de 2011, pelo menos.

Confesso que essa postura diretiva já era mais do que esperada. Mas vejo com bons olhos que as cobranças feitas ao time e ao treinador, nesta semana, fizeram com que houvesse uma mobilização de todos no clube. Reuniões, declarações de apoio, manifestações dos jogadores, e o treinador estudando mexer mais no time, a fim de mudar sua postura.

Com o perdão da pretensão, eu esperava pelo menos isso. Não sei se vai surtir efeito, se as coisas vão mudar. Quero crer que isso, essa mudança pra melhor, pode acontecer, sim, posto que o Coritiba já mostrou, neste ano, mais qualidade, mais motivação e, principalmente, mais resultados do que vem mostrando atualmente.

Tinha comigo que, mesmo que alguns achem a cobrança precipitada, essa é a hora de ela ser feita, pois ainda há tempo para uma correção de rumo. Em essência, nada mudou, pois o treinador continua o mesmo, assim como o elenco e o discurso da diretoria. No entanto, se houver ao menos uma mudança na postura do nosso treinador (se ele passar a acreditar que "poderosos" somos nós) e dos nossos jogadores (se eles voltarem a demonstrar a motivação e a confiança do início do ano), TALVEZ tenhamos uma chance de voltar a crer que é possível continuar firme no trabalho de reconstrução do nome do Coritiba como um grande clube do Brasil, e de exorcizar de uma vez por todas os fantasmas que, volta e meia, reaparecem para reabrir nossas feridas mais profundas.

Domingo, contra o Galo, o Coritiba terá, em minha opinião, o seu jogo mais importante, até agora, deste Brasileirão. Nessa partida será possível saber se, depois de uma semana de “ajustes internos”, o que teremos até o final de 2011 (diretoria, treinador e elenco), têm brio, qualidade, coragem e estirpe de vencedores, ou se estamos mesmo condenados a conviver, para sempre, com enganadores e fracassados.

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Marcus Popini

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