Estrela Dourada
Significado de Extraordinário:
Adjetivo.
- Que não se adéqua ao costume geral ou ordinário; algo excepcional
- Característica do que é raro, singular ou esquisito
- Extremo, excessivo; em elevado grau
- Imprevisto; qualidade do que só se faz em circunstâncias anormais
- Que é merecedor de admiração; algo fantástico ou incrível
Substantivo masculino.
- Situação inesperada
Escolha uma das opções acima, qualquer uma, quando quiser definir a vitória de ontem do Coritiba, contra o São Paulo. Tão rara quanto merecedora de admiração, o fato é que ela surpreendeu a todos.
Diante do público recorde desse Brasileirão, o Coritiba soube tirar proveito da soberba são paulina. Antes do jogo começar, só se falava sobre Profeta, sobre a recuperação do time paulista, que vinha de uma virada espetacular sobre o Botafogo, fora de casa. Do outro lado, um time quase completamente desfalcado, que vinha de quatro derrotas seguidas e que estava na zona do rebaixamento.
Mas Marcelo Oliveira fez o mínimo que se esperava dele. Teve a percepção de que a um time que entra em campo com Tiago Real e Tomas Bastos como titulares não é dada nem a chance da surpresa. Escalou três volantes, mais um piá voluntarioso, recuou um de seus atacantes e contou com o imponderável.
Logo de início, algo já dava mostras de que a noite seria diferente. Cueva perdeu um gol feito, Rodrigo Caio perdeu outro. Wilson seguiu fazendo seus milagres. Aí veio o pênalti pro Coritiba, e a consequente necessidade do São Paulo de se abrir ainda mais, possibilitando a oportunidade de um contra ataque que, felizmente, soubemos aproveitar bem, com a mais improvável das figuras: Filigrana.
Alguns dirão que brilhou a estrela de Marcelo Oliveira. Outros, que foi sua competência como treinador. Outros ainda, e entre eles me incluo, que foi a soma dos fatores sorte + competência + consciência dos seus limites + menosprezo por parte do adversário. Porém, seja lá por que cargas d'água, a vitória veio, e deve servir não para dar início a nova série de delírios sobre um time "repleto de craques", sobre Libertadores, sobre “brigar lá em cima”, mas sim para recuperar a lucidez sobre as limitações do nosso elenco e sobre quão importantes são a garra e a vergonha na cara para um time assim limitado.
Domingo que vem, que a Chapecoense não seja para nós o que fomos para o São Paulo. Sem euforia, sem soberba, sem delírios de grandeza, que tenhamos consciência de nossas limitações e coloquemos como objetivo principal primeiro recuperar nossa dignidade como um time de futebol que, se não pode sonhar com nada, pelo menos pode dar aos seus torcedores a chance de andar com a cabeça erguida.
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