Estrela Dourada
Bom, pra quem jogou antes sete partidas fora de casa e não ganhou nenhuma, tendo perdido cinco delas, a primeira vitória fora de casa não deixa de ser excepcional, ipsis litteris.
Por termos ganho três pontos, talvez não houvesse o que analisar nessa partida. Afinal de contas, no final do campeonato o que vai importar será a soma dos pontos que tivermos conquistado, independentemente de quem tenha sido nosso adversário.
Assim sendo, teorizar sobre o futuro do Coritiba no campeonato em função apenas dessa vitória contra o fraquíssimo time do “genial” Milton Mendes seria tão estúpido quanto arriscado.
Da mesma forma, também acho arriscado “festejar” uma vitória como essa. Tivéssemos nós conseguido manter a vantagem no placar nos jogos em São Paulo, contra Santos e Corinthians, aí sim não precisaríamos lamentar tanto o prejuízo dos pontos que perdemos jogando em casa, principalmente contra Botafogo e Chapecoense, times tão medíocres quanto o nosso. Já contra o Santa Cruz, nada mais fizemos do que, finalmente, cumprirmos com a nossa obrigação. O que já é grande coisa, dado o nosso histórico recente de não conseguir nem o mínimo de nada.
Mas vou deixar pra festejar quando o campeonato acabar, caso consigamos nosso objetivo máximo, que é permanecer na primeira divisão. Já não vejo mais com tanta resistência a vontade de invadir o gramado, atravessar o campo ajoelhado pagando promessas, comprar e soltar foguetes e sair buzinando por aí, se não cairmos. É o que nos resta, a partir do momento em que uma vitória fora de casa contra um Santa Cruz da vida é tida como um feito heroico.
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E, àqueles que me julgam por minha postura crítica, peço que respeitem minha escolha de não aceitar a mediocridade como padrão para o clube que amo, e que me desculpem por tal teimosia...
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