Estrela Dourada
O pior da noite de ontem parta nós, coxas brancas, não foi a eliminação da Copa do Brasil, em casa, pelo fraco time do Goiás. Essa até já era esperada, pois seria um confronto entre dois times muito ruins, com a diferença que um deles tinha um treinador experiente, rodado.
O pior de tudo foi escutar a entrevista do presidente do Coritiba, após o jogo. Como que vivendo em um universo paralelo, ele foi ao microfone para desfiar um rosário de desculpas e para transmitir uma arrogância, travestida de convicção, típica daquelas pessoas que desconhecem por completo o que estão fazendo, mas, ainda assim, pensam ter o controle absoluto da situação.
Primeiro de tudo: não dá pra aceitar, da parte do presidente, qualquer reclamação quanto a problemas herdados da gestão passada, uma vez que ele não apenas elegeu-se conselheiro como integrante da tal Coxa Maior, como também candidatou-se a assumir o clube já conhecendo todos os problemas existentes.
Depois, o mais grave: mesmo com todas as evidências de que tudo que foi feito na parte que diz respeito ao futebol, ao time em campo, está errado, nosso presidente fez questão de afirmar que não vai mudar absolutamente nada! Em uma visão completamente dissociada dos fatos e da realidade, Samir bancou o diretor que errou todas as contratações até agora e o técnico que não consegue nem organizar os jogadores em campo sem deixar abismos entre eles, nem criar alternativas táticas para tentar modificar situações adversas.
Disse o nosso mandatário que precisaremos de cerca de cinco contratações, desprezando o fato de que já fizemos seis e erramos todas. Por que iríamos acertar todas, agora? O que mudou? E os jogos? Será que ele tem assistido aos jogos e visto que cada vez que o time pega a bola pra atacar tem que parar e esperar os jogadores cruzarem o meio de campo para preencherem o ataque, de tão mal distribuídos que estão no gramado??
Sim, é louvável ter um projeto e segui-lo. Mas todo projeto não pode prescindir de ajustes durante o seu curso. Não enxergar os erros ou, pior do que isso, ignorá-los, é soberba, atalho para o fracasso. E tão dissociados da realidade estão os nossos dirigentes, que não percebem a incoerência entre discurso e prática, quando dizem que esses primeiros meses seriam de testes, os testes dão resultados péssimos e eles dizem que tudo vai seguir igual.
A foto da diretoria alviverde perfilada em pé na sala de imprensa, esperando Sandro Forner terminar de dar suas desculpas, mais do que a imagem de união, passa a impressão de um bando de pessoas que não sabe nem o que está fazendo ali. Tivessem eles anunciado algumas mudanças, essa presepada toda, anunciada desde segunda-feira, teria terminado de forma menos patética, e o dia hoje poderia ter começado ao menos com um mínimo de esperanças, que é a única coisa que ainda nos é permitida, masoquismo à parte. Mas até isso essa diretoria se recusa a nos dar.
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