Estrela Dourada
A vergonhosa decisão do Conselho Deliberativo do Coritiba ontem me trouxe uma única certeza: o Coxa morreu em 1989. O que fazemos hoje nada mais é do que apenas cultuar a sua memória, declarando nosso amor por ele. E amor é exatamente isso, algo cuja fantasia de plenitude faz com que suportemos dores e humilhações, em nome da esperança estúpida de que seremos correspondidos por quem nos despreza. Porém, esse processo doloroso vai despertando aos poucos uns e outros, que se dão conta de que não existe amor sem reciprocidade; esses, então, atingem um nível de sabedoria superior, ao passar a dar ao seu "amor" a importância que ele merece: nenhuma. Alguns chamam isso de abandono, mas deviam chamar de libertação.
Eu ainda chego lá, um dia.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)