Estrela Dourada
Não foram poucas as vezes em que eu lembrei, neste espaço, sobre a decisão da Copa do Brasil de 2011. Fiz isso não por masoquismo, ou para alimentar traumas. Mas sempre tive comigo que seria muito importante não esquecer aquele jogo para, no caso de termos outra chance, não repetir os erros que nos custaram aquele título.
Pois eis que já na edição seguinte do mesmo campeonato chegamos novamente à final. Em 2011, perdemos a Copa do Brasil nos critérios de desempate. O Vasco foi campeão mesmo tendo sido derrotado na última partida, porque marcou dois gols fora de casa. Independentemente da surpresa da escalação alviverde no jogo final, da falha de Edson Bastos no segundo tempo, do pênalti não marcado também na etapa final, não é exagero supor que o fato de não termos marcado nem um golzinho em São Januário tenha sido determinante para o nosso vice campeonato.
Neste ano, novamente faremos a primeira partida fora de casa. Marcelo Oliveira tem falado muito em jogar de acordo como regulamento: “Vamos ver a melhor formação, observar bastante o adversário e o regulamento”, disse o nosso treinador. Se assim o for, podemos aguardar uma mudança de postura do Coritiba em relação aos nossos jogos fora de casa na CB deste ano, exceção feita à partida contra o São Paulo.
Em 2012, pela Copa do Brasil, o Coritiba marcou apenas um gol (contra o Paysandu, em Belém) nas cinco partidas que jogou longe do Couto Pereira. Já o Palmeiras marcou gols em todos os jogos como visitante, chegando à excelente marca de dez gols marcados fora de casa.
Isto posto, cabe dizer que, embora se deva reconhecer a importância da marcação e do esquema defensivo, não se pode deixar de ter uma estratégia ofensiva, caso queiramos mesmo mudar o final desse episódio da nossa história. Sim, tudo parece meio óbvio, mas não o era também no ano passado?
A contusão do atacante Roberto me preocupa. Com o desfalque desse jogador, fica quase que certa a nossa opção por três volantes no time (Willian, Urso e Gil), que também terá o desfalque de Sérgio Manoel. Nesse cenário, custo a enxergar quem irá levar a bola para o ataque, fazendo-a chegar aos pés do já isolado Everton Costa, ou dos rápidos Everton Ribeiro e Rafinha. Não sou muito afeito a análises táticas, mas, sendo indulgente com a minha ignorância, fico a imaginar se Tcheco ou Lincoln não poderiam fazer essa função de meias armadores. E essa “pulga atrás da orelha” incomoda mais ainda quando me lembro da experiência que esses jogadores têm, e que poderia ser decisiva em uma final com tanta pressão.
Enfim, não tenho por objetivo “cornetear” sobre a escalação do time. Se nosso treinador nos conduziu a mais uma final, creio que ele levará em conta todos esses fatos, principalmente em relação ao que nos faltou no ano passado. Temos chance de reescrever a história, desta feita com um final feliz para todos os Coxas Brancas. Que assim seja, então.
"Coragem é o medo aguentando um pouquinho mais."
(Thomas Fuller)
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)