Estrela Dourada
“Com o Coritiba, dá medo ser otimista. Particularmente, devo admitir que nunca mais consegui sê-lo depois de 2011...”
Foi assim que comecei o último texto que postei aqui. E não deu outra: entrei pelos canos! Se por um lado isso até alivia a “dor” das bordoadas que tenho levado daqueles que me chamam de eterno pessimista, por provar que não dá mais para ter esperança alguma com esse time, por outro lado aumenta a certeza de que o Coritiba deveria era fechar as portas de vez.
O time sobe pra Série A, depois de passar vergonha por dois anos na segundona. Começa o ano seguinte contratando alguns jogadores, dá uma enganada no regional, aplica uma goleada e aí vai pro primeiro jogo importante do ano, o jogo que vale um milhão de reais, com Ruy de titular no meio campo! Não, não estou culpando Ruy pela derrota, mas acho que ele simboliza bem o que é o Coritiba: uma repetição de velhos erros com a esperança de resultados diferentes: impossível dar certo. Aí, Ruy, como quase sempre, se machuca, e entra o outro cara que também pode representar o Coritiba: Thiago Lopes. Um perna de pau que, com a bola dominada, de frente pro gol, consegue chutá-la na lateral (coisa que Willian Matheus incrivelmente conseguiu repetir exatamente igual, pouco depois).
E é isso. Mas hoje vai continuar tudo igual. Ouviremos desculpas de que jogadores “importantes” se contundiram, de que perdemos pênalti, e virá aquela vela conversa da “volta por cima”, com o pedido para a torcida “continuar acreditando”. Ou seja: aquela velha ladainha, que se intensificou muito agora nos tempos da Coritiba do Futuro.
Mas voltemos ao jogo de ontem: como é que deixaram o Sassá bater o pênalti?? Qualquer um que acompanhe futebol sabe que ele bate sempre do mesmo jeito, com aquelas corridinhas pra frente e pra trás e com aquela paradinha que só serve pra avisar ao goleiro onde ele vai chutar. Ridículo!! É óbvio que técnicos e goleiros estudam como os jogadores batem os pênaltis. Não sei se o Sassá foi escalado pra cobrança ou se tomou a iniciativa de bater, mas, qualquer que seja o caso, faltou comando (ou inteligência) vindo do banco do Coritiba.
Então, feridas reabertas, vamos em frente. Um jogo apenas e nosso castelinho de areia já desmoronou. “Acabou o amor”... Voltemos àquela relação ditada pelo medo, pela ansiedade, pela desconfiança e, mais triste de tudo, pela vergonha. Maldita Coritiba do Futuro, que até esse nome deve ter escolhido para curtir com a cara da torcida!
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