Estrela Dourada
Houvesse uma certificação em fracasso, o Coritiba já a teria há tempos.
Todos os jogadores que vestissem a nossa camisa teriam na testa algo como um selo atestando não apenas a sua ruindade, mas a completa ausência de garra, de respeito à torcida, de conhecimento da história do time que, um dia, já chegou ser campeão nacional e que hoje não passa de um arremedo de clube de futebol.
Todos os nossos dirigentes teriam um atestado de incompetência, sem o qual não poderiam ter se candidatado a nada no clube.
E, ainda que essa certificação em fracasso não exista, eis que o Coritiba poderia, então, servir de modelo para sua criação, como o exemplo a não ser seguido, a menos que a intenção seja extinguir um clube de futebol.
Pois é isso que vai acontecer: o Coritiba vai acabar.
Depois de tudo o que ocorreu este ano, ouvir do atual presidente alviverde a afirmação de que ele irá persistir no seu projeto de “saneamento do clube” é muito mais do que um prenúncio de dias piores, é uma sentença de morte. É não reconhecer os erros que nos trouxeram até aqui, apesar da hipocrisia de pedir desculpas publicamente (quem é que pede desculpas dizendo que vai continuar fazendo as mesmas coisas??). É teimar em falar em cortar despesas sem ter se preocupado em manter as receitas (TV, bilheterias, sócios), montando um time minimamente decente que tivesse sido capaz de brigar pelo acesso em um campeonato ridículo como o deste ano.
Porém, já que entra ano, sai ano, e o Coritiba só piora, definha, apodrece, nos envergonha, nos humilha, nos aprisiona, enfim, uma vez que desistir dele é impossível, já que esses caras que vivem em uma realidade paralela, onde a rotina é entrar no clube em uma chapa, traí-la, montar outra chapa, assumir o clube, piorá-lo, ser traído e recomeçar esse ciclo, insistem em parasitar o Coritiba, o fim que se anuncia servirá, pelo menos, para expiar todo esse sofrimento.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)