Estrela Dourada
Então é hora de dar um tempo com as palavras escritas.
O que eu tenho pra dizer, agora, eu direi lá, no Couto Pereira. Na minha casa, onde eu me sinto imbatível. É lá que eu vou buscar as forças que não encontro nas palavras dos dirigentes, ou no empenho dos jogadores; eles todos que relegarei a um segundo plano, agora. Mas de quem eu não me esquecerei de cobrar, depois.
Irei pelo meu clube, pela minha Camisa, para honrar a benção de poder ser torcedor do Coritiba. No Alto da Glória, onde eu entro horas antes do jogo, e saio apenas porque sou obrigado, eu me sinto invencível. E é isso que eu quero passar aos homens que irão vestir a Camisa Alviverde. Não quero que lutem por mim, pois eu escolhi esse caminho. Quero que lutem pelo Coritiba, que eu vejo acima de tudo, e que é a razão para eu estar ali. E vou gritar Coxa! tão alto, que eles não terão como desprezar o meu grito, nem mesmo por estarem com as malas prontas para seguirem suas vidas.
Eu vou passar, os jogadores passarão, mas o Coritiba deve permanecer eterno. A mim será concedido algo parecido com a eternidade, na vida do meu clube, se eu gritar o mais alto que eu puder, apoiando o time, pois o meu grito há de ecoar para sempre. Darei uma demonstração de amor tão grande, que fará com que os jogadores adversários desejem estar vestindo a Camisa Alviverde; e aos jogadores que terão o privilégio de usá-la, por mais utópico que possa parecer, farei ver que dinheiro algum do mundo é capaz de ser maior do que a honra de vesti-la.
Escrevo um pouquinho apenas, e uma paz me domina: estou indo para a minha casa, onde sou invencível e onde a vitória é minha rotina.
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Em tempo: texto que escrevi há 7 anos, mas que não perde o sentido com o passar do tempo.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)