Estrela Dourada
Confesso que, à exceção dos períodos de Copa do Mundo, nunca liguei muito para a Seleção Brasileira. Quando questionado por alguns amigos sobre o porquê disso, sempre respondia: minha Seleção é o Coritiba!
Ontem, porém, na final da Copa das Confederações, no espetacular Maracanã, me entreguei de corpo e alma ao time do Brasil. Vestido com a camisa da minha seleção, mas torcendo pela seleção do meu país, assisti a um show do time verde e amarelo, e a várias lições que poderiam servir ao Coritiba.
Vi um time buscando a conquista desde o início do jogo, sem se deixar intimidar com a superioridade de seu adversário. Vi uma equipe que, sem precisar implorar por balelas sobre revolução e bobagens afins, trouxe toda a torcida para o seu lado, pela garra e ousadia demonstradas desde que a bola começou a rolar. Vi onze jogadores, enfim, buscando a vitória sempre, com a consciência de que para os vencedores estarão reservados a consagração e o nome escrito na história, enquanto que para os perdedores restará apenas o discurso cheio de desculpas com o qual os fracos se refestelam, e se acomodam.
Deixei minha voz no Maracanã. Lavei a minha alma. Descobri que há tempos eu esperava por soltar um grito de “é campeão !”. Vestido com a camisa do Coritiba e segurando a bandeira alviverde, me dei conta de que esse grito eu havia guardado para o meu time. Meu time que, infelizmente, não tem esse pensamento e essa postura de um verdadeiro campeão. Mas a quem eu, ainda assim, dedicarei todo o meu amor durante toda a minha vida.
Instagram: mpopini
xxx
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)