Estrela Dourada
E lá se vão sete jogos consecutivos sem vitória do Coritiba, sendo cinco (!) pelo Brasileirão e dois pela Sul-Americana...
Desses cinco jogos sem vencer na Série A, dois foram em casa (empates contra Figueirense e Fluminense). E eis que nos restam mais cinco jogos a disputar nesse campeonato, sendo três em casa (Galo, Santa Cruz e Vitória), e dois fora (Flamengo e Ponte Preta).
Não me arrisco a fazer quaisquer projeções para essas partidas. A nosso favor, temos o fato de que, com a eliminação da Sul Americana, voltamos a ter um tempo para “respirar” nos jogos pelo Brasileirão, bem como agora poderemos dedicar atenção exclusiva à realidade de tentar fugir do rebaixamento, deixando de lado a ilusão que nos embalou por alguns dias. Contra nós, porém, pesa o fato de que chegamos a esses jogos decisivos com o time meio destruído (condição que pode ser amenizada com esse tempo maior entre os jogos), e com o nosso treinador tendo agravada a sua “Síndrome de Jorjão” (impulso em fazer improvisações bizarras).
Entre prós e contras, entretanto, o risco maior reside no fato de que muitos já dão como certa a conquista de seis pontos nos jogos (em casa), contra Santa Cruz e Vitória. Pra mim, esses jogos são mais perigosos que os contra Galo e Flamengo. Primeiro, porque são contra times do mesmo padrão que o nosso, que brigam conosco na rabeira da tabela, sendo que o time baiano ainda tem chances reais de escapar; depois, porque qualquer tropeço nesses jogos será fatal.
Não acho que o Coritiba seja um dos quatro piores times do campeonato, mas temo que essa dedicação toda à Copa Sul-Americana cobre um preço maior do que essas últimas cinco rodadas sem vitória. É triste chegar a mais um final de ano novamente nessa situação, brigando pra não cair. Porém, uma vitória no próximo jogo, contra o Atlético Mineiro, poderia amenizar um pouco esse desespero e nos poupar de sofrermos até o fim. Caso o Coritiba mostre o mesmo empenho e dedicação que teve nos jogos contra o Atlético Nacional, dá pra ganhar não só do Galo como dos outros times que ainda temos pela frente. Se, no entanto, entrar em campo o Coritiba indolente do atletiba, ou o que sofreu para empatar com Figueirense e Fluminense, muito por conta dos “surtos criativos” do nosso técnico, teremos outro desfecho de campeonato dolorosamente angustiante.
Sim, eu queria conseguir escrever algo sobre o Coritiba que não fossem apenas obviedades, sobre ter esperanças de um 2017 diferente, sobre confiança, enfim, e não sobre medo ou sobre nossa rotina de sofrimento e pequenez. Quando vou poder voltar a fazer isso? Não sei. O que sei é que agora precisamos ganhar do Galo...
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