Estrela Dourada
Para um time que em 12 rodadas conseguiu apenas uma vitória, e que jogou seis partidas seguidas em casa sem vencer nenhuma, terminar o turno do Brasileirão com 25 pontos e em 9 º lugar pode ser considerado um lucro muito grande.
Só o fato de não precisarmos mais descer a barra de rolagem das páginas para encontrarmos a posição do Coritiba nas tabelas de pontuação já pode ser considerado auspicioso, ainda que não se possa esquecer que enfrentamos o time reserva da Chapecoense na última rodada, nem os milagres de Wilson contra o São Paulo.
Não há como negar, porém, que Marcelo Oliveira conseguiu melhorar o time, até mesmo porque piorar seria impossível. Depois de um início desastroso contra o Galo, nosso treinador soube aproveitar o tempo entre os jogos para entender melhor o que tinha em mãos, e arrumar melhor a equipe. Nessas horas, a experiência de um cara rodado faz a diferença, quando não se busca reinventar a roda. Tivemos em campo, nas duas últimas partidas, um time mais consistente e bem melhor posicionado.
Mas não ouso fazer qualquer prognóstico para o futuro. Entraremos na fase do campeonato em que as coisas se decidem, em que os jogos ficam mais difíceis, em que as brigas pra entrar no G6 e pra fugir do Z4 se intensificam. Fazer projeções sobre o Coritiba é ainda mais difícil do que com qualquer outro time pois, se formos levar os últimos cinco anos em consideração, só decidiremos nossa vida nas três últimas rodadas.
Fiquemos, então, com as boas lembranças dessas duas últimas rodadas. A segurança de Wilson, a experiência de Marcelo Oliveira, que não inventou nada, o inusitado gol de Filigrana, o pênalti bem batido por Carleto, a careta de Alecsandro, o belo gol e a voluntariedade de Rildo, a confirmação, enfim, da superioridade sobre um time menor do que nós, o resgate do “fator casa”, e torçamos para que elas ditem o nosso ritmo nesse segundo turno.
Que a pausa em nosso sofrimento se prolongue. Muito.
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