Eterno Campeão
Após muito tempo longe deste espaço, muito em função de que as ideais que pretendia explorar terem sido endereçadas por exposições brilhantes de outros colunistas do site, venho trazer algumas reflexões sobre as ações do clube para 2023.
Embora cronologicamente estejamos próximos de 2023, há muito que já se iniciou futebolisticamente. Decisões tomadas ao final do Campeonato Brasileiro e que talvez estivessem em pauta muito antes, certamente terão importante influência nos resultados do próximo ano.
Falando-se apenas de contratações, renovações e dispensas de atletas e comissão técnica, que são apenas tópicos dentro de um universo muito mais amplo que envolve o sucesso de uma equipe de futebol, já é possível especular e questionar sobre algumas atitudes da administração do Verdão.
Sobre o comando técnico, causou estranheza a decisão tardia da dispensa de Guto Ferreira. E mais ainda a escolha de Antônio Oliveira. Guto Ferreira, entre erros e acertos, cumpriu a inglória missão de manter o clube na série A com um elenco bastante limitado. Antônio Oliveira conseguiu o mesmo objetivo no Cuiabá, com números nada animadores. Não me parece, tirando a diferença de nacionalidade, muito diferente de opções de outrora como Dado Cavalcanti, Louzer, Barroca, Péricles Chamusca, entre outros. Como fato consumado, torcerei muito pelo sucesso do atual comandante e que estejamos em breve elogiando a decisão da diretoria.
Não posso, entretanto, deixar de externar uma certa decepção com a escolha, pois acredito que se perdeu uma excelente oportunidade de trazer o craque Alex para essa função. É um cidadão consciente, íntegro, identificado com o clube, que entende muito de futebol e que conhece muito bem os corredores e os vícios recorrentes do clube, o que ajudaria e muito na superação das dificuldades que a inexperiência no comando de uma equipe profissional poderia trazer.
Sobre o elenco, vejo que a maioria das dispensas foi acertada e que atendeu ao anseio da maioria dos torcedores e conta com ampla aprovação da crônica especializada. De todas as saídas, talvez a de Luciano Castan, possa ser a mais sentida. É verdade que não fez um grande segundo turno, mas de modo geral manteve uma certa regularidade técnica e física e foi muito importante para o clube nas duas últimas temporadas. O que assusta mais é a dificuldade de se trazer jogadores na posição para melhorar um setor que ficou devendo e muito em 2022.
Não vejo Chancellor e nenhum dos outros zagueiros como titulares no próximo ano, a não ser que superem em muito o nível de atuação que demonstraram.
Com relação às contratações ainda permaneço como observador. Parecem razoáveis dentro das possibilidades do clube. Só saberemos se foram boas ou más apostas ao longo da temporada. O mínimo que se espera é que tenham condições clínicas e físicas de atuar regularmente e em alto nível.
Se mantiverem o nível de atuação, só temos quatro titulares definidos para o início da temporada: Gabriel, Natanael, Jesus Trindade e Alef Manga.
Nunca é demais reiterar que independentemente de uma ou outra discordância, a atitude é de apoio ao trabalho de recuperação do clube, mesmo que turbulências e oscilações se apresentem.
Que o Coritiba e sua torcida tenham um excelente 2023!
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