Eterno Campeão
Neste domingo, vimos o Coritiba protagonizar um papel bisonho. Se as contratações da semana animaram os torcedores, dentro de campo os atletas conseguiram jogar uma ducha de água fria sobre tudo.
Os mais otimistas podem até argumentar que tivemos duas bolas na trave, muitas outras oportunidades claras de gol desperdiçadas e que o árbitro não marcou um pênalti claríssimo em Robson, atuando pessimamente ao longo de toda a partida. A diretoria tem que cobrar os responsáveis. Também poderia-se apelar para a ausência de alguns jogadores importantes.
Cabe lembrar, no entanto, que não estávamos jogando contra um time da série A do Campeonato Brasileiro, nem da B, C ou D. Qualquer time que nos representasse na partida de hoje teria obrigação de mostrar uma atitude mais ousada desde o primeiro minuto de jogo, o que certamente resultaria em vitória.
No entanto, o que menos preocupa é o resultado, mas a inoperância e fragilidade da equipe contra adversários pouco qualificados. Na primeira etapa, o Coritiba teve sete finalizações contra cinco do São Joseense. Resultado de um futebol burocrático, lento, previsível, quase robótico. O Coritiba precisa jogar mais solto quando está com a bola. A falta de objetividade da equipe é inacreditável. Mesmo quando o adversário deixa espaços, a equipe é incapaz de acelerar os passes para pegar a defesa mal postada.
O Coritiba esperou os trinta minutos da segunda etapa para mostrar uma postura condizente com a sua grandeza. Ainda assim, abusou de cruzamentos infrutíferos, poucos deles da linha de fundo, quando dois ou três atletas alviverdes disputavam a bola com cinco ou seis defensores.
Considerando que o paranaense não é o objetivo principal, há de se pensar em uma forma diferente da equipe atuar, pois a fase de testes está chegando ao fim e pelo andar da carruagem não dá para firmar o quanto se avançará na fase final.
Se a observação do que tivemos até agora valer de aprendizado, algumas situações estão ficando mais claras. O 4-3-3 não tem dado o resultado esperado. O Coritiba ainda precisa de dois laterais esquerdos. Vitor Luiz não mostrou nada a mais do que seus antecessores, além das bolas paradas. Chancellor dará arrepios na torcida toda vez que for requisitado. Mais uma opção de meia e de atacante de área serão muito bem-vindas, visando o Brasileiro.
Na partida de hoje, podemos apontar de positivo as boas estreias do zagueiro Kuscevic e do meio campista Liziero, talvez o mais lúcido na malfadada jornada do Glorioso. Neste início de temporada, o excelente início de Kaio César é a melhor novidade. A melhor qualificação do elenco, ao menos em teoria, dá esperança de que ainda ocorra muita evolução e que finalmente se possa contar com uma equipe confiável.
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