Eterno Campeão
Em suas entrevistas coletivas pós-jogo, Thiago Kosloski tem enumerado uma série de detalhes que impossibilitaram um melhor resultado na partida em questão e na competição. Realmente estas entrevistas não acrescentam nada de bom, apenas aumentam a indignação de quem as assiste.
A narrativa adotada pelo "professor" não abranda em nada os maus resultados decorrentes da incompetência de todos os envolvidos. Os detalhes são tudo no esporte. Definem a todo o momento vencedores e derrotados. No caso de equipes como o Coritiba, que ocupam um patamar de mediano para baixo no Campeonato Brasileiro da série A, a atenção a cada pormenor é ainda mais importante.
Também costumamos esquecer que quando ganhamos, muitas vezes foi por detalhes. No caso do Coritiba de 2023, os detalhes que se acumulam são tantos que já não podem mais receber tal nomenclatura. Incompetência, descaso, desleixo se aplicam melhor, atingindo todos os setores do clube, incluindo G5, gestores da SAF, treinadores e jogadores, entre outros que de fora fica mais difícil avaliar. Alguns são apenas incompetentes, outros acumulam todos os atributos.
A derrota de ontem foi apenas mais uma amostra do que é o Coritiba de 2023, e por que não dos últimos dez anos. Nessa partida não faltou raça e dedicação. Pelo menos, até às péssimas substituições do treinador e o segundo gol do Cuiabá. No entanto, sobrou incompetência e faltaram qualidade técnica, inteligência e equilíbrio emocional. Num cenário diferente, quando precisavam propor o jogo, o fizeram de maneira tímida. Principalmente, com o placar adverso em função de erros individuais, considerados detalhes pelo comandante técnico, mas que tem sido uma constante na trajetória da equipe.
Da equipe que atuou na derrota de ontem, dá para isentar apenas Gabriel, Thalisson, William Farias, Marcelino Moreno e Slimani. Dos atletas que entraram, o único que fez alguma diferença em favor do Verdão foi Garcez.
Victor Luís que havia feito duas partidas muito boas, voltou a fazer das suas. Como no atleTIBA do estadual e na partida contra o Corinthians, resolveu dar uma ajuda ao adversário, cedendo de maneira bisonha o escanteio que resultou no primeiro gol do Cuiabá. Já o zagueiro Lucas Pedroso ficou pregado no chão, assistindo o cabeceio de Deyverson.
Natanael, assim como o lateral esquerdo, é extremamente limitado quando solicitado ofensivamente. Setor no qual, Thiago Kosloski devia ter mexido já no intervalo. Bianqui e Seba estiveram apagados, em função da forte marcação que receberam e da necessidade de participarem mais ativamente da criação, o que não conseguiram realizar. Robson esteve numa daquelas ocasiões em que acertou mais a ferradura do que o cravo.
Do ponto de vista tático, o Coritiba saia na base do chutão e quando não recuperava a segunda bola, recuava as linhas para esperar o adversário. Como a partida exigia outra postura, deveria atuar com as linhas próximas e avançadas para forçar o erro do adversário e a retomada da posse de bola. Quando fez isso por alguns instantes no final da primeira etapa, teve seu melhor momento.
A cereja do bolo, que afastou a possibilidade de reação e determinou o placar mais elástico, foi a falta de qualidade que se verificava entre os suplentes do setor ofensivo e da lambança praticada pelo técnico. As entradas de Jese, totalmente fora de forma, e de Edu e Lucas Barbosa, foram desastrosas e mataram qualquer possibilidade de sucesso da equipe alviverde.
Nesse momento desolador, só resta exigir um restante de participação no campeonato com o mínimo de dignidade e que os gestores da SAF acordem e iniciem uma reformulação completa de cima para baixo, começando com o CEO, até chegar ao elenco que deve manter uma espinha dorsal com os pouquíssimos bons jogadores de que dispomos.
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