Eterno Campeão
O início desastroso da administração da SAF no Coritiba leva muitos de nós torcedores a questionarmos se tal transformação realmente se fazia necessária, uma vez que estamos convivendo com resultados de campo similares ou ainda piores.
Se antes éramos comandados por duas ou três confrarias incompetentes que se revezavam no poder, e que foram responsáveis pela condição quase falimentar na qual o clube chegou às vésperas da transformação em SAF, agora somos geridos por um grupo sem experiência no futebol e sem identificação com as coisas do Coritiba.
Antes o Coritiba vivia uma democracia caótica, agora vive uma fria e distante ditadura. Os atuais donos do poder não precisam responder a ninguém e se mantém blindados às pressões e críticas, confortavelmente instalados em longínquos escritórios, ignorando o sofrimento e os apelos dos sócios e demais torcedores. Nesse cenário, não sei se a denominação sócio ainda faz sentido no Coritiba de hoje. Somos meros compradores de pacotes de ingressos.
A resposta quase uníssona para o questionamento do primeiro parágrafo é que ou o Coritiba fazia a transformação em SAF ou corria sério risco de não sobreviver como instituição. Desse modo, não haveria outro caminho. Não tenho conhecimento para contestar essa posição, assumida por muitos coxas-brancas que certamente conhecem muito mais as finanças do clube do que eu.
Sendo assim, com a inevitabilidade da mudança para SAF e a postura assumida pelos atuais “donos” do Coritiba, associada aos primeiros resultados de campo, acredito que o objetivo principal era a sobrevivência, independentemente de nos tornarmos de vez um clube de segunda ou terceira categoria, A subida de patamar talvez esteja nos planos, mas deve estar no final da fila das prioridades de quem nos administra e num sonho dos coxas-brancas que está bem distante de se realizar.
Para finalizar, quanto a possíveis alegações de imediatismo dos torcedores e da necessidade de tempo, penso que são equivocadas, quando o que se pede é apenas um time que vença adversários muito menos abonados, e ao menos a manutenção do protagonismo no cenário local. Acredito que muito tempo será necessário para retomarmos algum respeito e resultados no contexto nacional e começarmos a existir internacionalmente. No entanto, é abusar da paciência e da inteligência do torcedor, pedir tempo para conseguir superar Águia de Marabá, Cascavel, Azuriz e Maringá, bem como, para montar uma equipe que nos dê segurança do acesso para a série A ainda esse ano.
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