Eterno Campeão
Na semana que se passou, o assunto arbitragem foi o mais discutido pela torcida alviverde devido ao prejuízo decorrente da desastrosa atuação do trio escalado para a partida com o Goiás.
Atletas e comissão técnica precisam deixar para trás este triste capítulo e continuar a fazer sua parte em campo. Já a direção do clube deve estar sempre atenta a este fator e pressionar as entidades responsáveis, mesmo sabendo que o efeito da ação será extremamente limitado pois o clube não faz parte das esferas de poder no futebol nacional.
Embora ninguém goste de reavivar lembranças negativas, é importante que ao menos os nossos torcedores conheçam as inúmeras vezes em que fomos prejudicados por arbitragens e até mesmo no âmbito das cortes esportivas.
O futebol não é um meio onde as relações costumam ser transparentes e justas, sobretudo quando falamos dos cartolas. A arbitragem está subordinada aos primeiros. Escândalos aparecem em todas as partes do mundo, sendo apenas a ponta do iceberg.
Em qualquer esporte ou atuação que envolva seres humanos há espaço para erros. Todos os cometem. Por que os árbitros não poderiam?
Sim, poderiam. E se os erros ocorressem em profusão, as entidades que regulamentam a atividade deveriam intervir na qualificação dos profissionais, o que claramente não é do interesse delas. Até as ferramentas tecnológicas, que são extremamente úteis, têm sido manipuladas para se enxergar o que desejam os incompetentes ou mal intencionados que as operam.
E a grande mídia tem sido conivente. Apontam os erros, mas fazem questão de defender a tese de que ocorrem de maneira uniforme entre as equipes e debocham e ironizam qualquer tese sobre manipulação, dizendo que são teorias da conspiração. Quem acompanha o futebol com um pouco de visão crítica sabe que não é verdade.
Não sei se o que ocorreu com o Goiás foi algo programado ou ocorreu ao acaso por três vezes contra a mesma equipe, em virtude da incompetência e arrogância da arbitragem.
Só sei que temos todo o direito de desconfiar fortemente, pois a história de prejuízos que sofremos é bastante grande, principalmente quando estão envolvidos interesses de clubes do eixo.
Pelo menos todos os coxas precisam acreditar que muitas vezes isso não ocorre ao acaso e que não é choro de perdedor ou que são justificativas para escondermos o que faltou da nossa parte em campo.
Dirigir, trabalhar, jogar e torcer para o Coritiba não é tarefa para os fracos. Pois ao longo dos anos o clube tem remado contra a maré, não só nacionalmente mas também dentro do Paraná. É só lembrar os inúmeros erros cometidos contra nós no campeonato estadual deste ano. Não fossem eles, talvez tivéssemos nos classificado, mesmo com toda a incompetência que demonstramos em campo.
Por fim, não acredito que essa situação mudará algum dia. O Coritiba continuará sujeito a este tipo de situação e todas as conquistas que tiver serão contra tudo e contra todos, como ocorreu em 1973 na conquista do Torneio do Povo e em 1985 no título do Campeonato Brasileiro. Desse modo, só se pode prosperar com direções altamente competentes e uma torcida muito participativa, principalmente do ponto de vista financeiro.
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