Eterno Campeão
Estas nove rodadas do Campeonato Brasileiro serviram para termos um esboço do que será o Coritiba no início de 2024. Um clube recomeçando na série B pela enésima vez. O único aspecto diferente do início de 2021, é que estaremos sob administração da SAF e com uma dívida equalizada, o que não é pouco, mas bem abaixo do que se esperava.
Qualquer posicionamento seguro sobre a esperada melhora na gestão do futebol só será possível após três a quatro anos, se tivermos ao menos duas participações seguras na série A do Campeonato Brasileiro.
Embora não esteja jogando a toalha, a perspectiva mais racional é essa. Existe a possibilidade de reversão do quadro e manutenção na elite? Sim, mas dentro de um quadro onde ocorra o imponderável, que vez ou outra, dá as caras no futebol. Tudo terá que melhorar simultaneamente, desde o desempenho do comando técnico e dos jogadores que lá estiverem, além da necessidade do acerto em todas as contratações da janela de transferência, associados ainda a uma boa dose de sorte.
Independentemente da situação desoladora e da frustração de todos, só há um caminho. Trabalho árduo da gestão do futebol recém empossada, para redirecionar os caminhos do Coritiba. Se não for suficiente para salvar o ano do clube, que sirva para minimizar o vexame que agora presenciamos, e para iniciarmos a próxima temporada preparados para um novo recomeço.
Enquanto isso, elenco e comissão técnica tem que lutar incessantemente para uma melhora substancial do desempenho e dos resultados. Para tanto, são necessários mais ousadia e confiança de ambos. Quem não vibrar na referida frequência tem que ser afastado imediatamente. Esta avaliação não é tão fácil quanto parece. Tal diagnóstico, seguido por ações assertivas, têm caráter emergencial. Torço para que os profissionais responsáveis tenham discernimento e coragem para fazê-lo.
Na minha visão, temos jogadores que se encontram nas seguintes categorias:
- Descomprometidos: devem ser afastados imediatamente;
- Comprometidos mas limitados: tentar aproveitar as virtudes que porventura apresentem;
- Abalados psicologicamente: apoio de todos e de profissional habilitado, caso necessário, afastamento temporário;
- Com deficiência na preparação física: fazer trabalho específico e se possível, afastamento temporário das partidas.
Ao adotar algo semelhante ao sugerido, surge apenas a indagação quanto à disponibilidade de atletas para entrarem em campo e comporem o banco nas próximas partidas.
Quanto à manutenção do comando técnico, não tenho um posicionamento definitivo, mas me parece que não surtirá o efeito desejado e irá onerar ainda mais o clube. Se optarem por mudança, que venha um treinador escolhido com muito cuidado e critério para realmente fazer um trabalho de longo prazo, independentemente de qual divisão o verdão ocupe em 2024.
Enquanto isso, nós torcedores só podemos continuar apoiando e cobrando, como sempre fizemos, e esperar pacientemente ou desesperadamente por dias melhores.
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