Eterno Campeão
As discussões sobre a marca do material esportivo utilizado pelo Coritiba tem sido tema de interesse e discussão há um bom tempo. Acredito que até a época em que utilizávamos o material da Penalty®, os torcedores não expressavam muito essa preocupação. No máximo se debatia se a camisa era bonita e, eventualmente, surgia algum comentário sobre a qualidade do material e a disponibilidade nas lojas. Atualmente o assunto tem sido abordado nos grupos de redes sociais, dividindo a opinião dos torcedores alviverdes.
Em virtude da aproximação do final do contrato com a atual fornecedora de material, a administração do clube tomou a decisão de consultar os sócios do clube sobre preferências de nome da marca e a opinião acerca da manutenção da atual. Atitude simpática e que denota consideração pelos que têm ajudado nas situações mais adversas.
Acredito que como eu, a maioria dos torcedores não tem informações suficientes sobre os fatores mais importantes para essa tomada de decisão, embora os aspectos sobre nome da marca, beleza e durabilidade dos materiais seja do conhecimento dos torcedores e certamente influencia o comportamento deles como consumidores.
Para não ficar em cima do muro, vou expor a opinião que enviei ao clube. Fui favorável a manutenção da marca como 1909. Por outro lado, opinei que entre as opções oferecidas de nome, Alma Guerreira representaria melhor o clube.
Na realidade, independentemente de nome de marca e de fornecedor escolhido, continuarei comprando os produtos oficiais do clube, no intuito de colaborar com o clube e me vestir orgulhosamente com nossas cores e com a única marca que realmente importa, Coritiba Foot Ball Club. Me basta que o nosso distintivo esteja estampado no material.
Claro que os outros fatores citados têm sua importância, e não seria ignorante de negá-los. Mas não deveriam constituir justificativa para os que não tiverem suas aspirações contempladas pela decisão do clube, deixar de consumi-los.
A tomada de decisão deve priorizar o retorno financeiro para o clube. Como nosso presidente tem insistido em seus pronunciamentos o futebol é caro, principalmente para aqueles que ambicionam atingir patamares mais altos, o que sempre esteve no DNA do clube a da torcida. E não adianta cobrar time competitivo de uma diretoria descapitalizada. Os torcedores, por meio da adesão aos planos de sócio e consumo de outros produtos são a fonte mais confiável de receita, mesmo que não seja a maior.
Mesmo em períodos pré-pandemia a fidelização de sócios do clube sempre foi muito tímida, e alcançávamos transitoriamente patamares acima de 20.000 sócios adimplentes. Qualquer turbulência política ou sequência de maus resultados em campo levavam a uma debandada. Aí permaneciam aqueles habituais 10 a 15 mil que realmente nunca abandonam. Será que só estes fazem jus à alcunha?
Gostaria de conhecer os percentuais que o clube receberia pela venda dos materiais, a flexibilidade e o poder de decisão de que disporia para determinar quais materiais seriam disponibilizados para venda, e o compromisso dos candidatos a fornecedor quanto à durabilidade e disponibilidade para a equipe e para abastecimento das lojas. Aí sim, seria possível ter uma visão mais clara do que seria melhor para o clube e consequentemente para sua torcida. Entendo que são informações que não podem ser reveladas por questões comerciais. Só nos resta torcer para que nossos dirigentes tomem uma decisão acertada.
Por fim, peço que os torcedores se conscientizem da importância de estabelecermos um alto contingente de associados adimplentes de maneira permanente (no mínimo 40.000 pessoas), e que de acordo com suas possibilidades deem o suporte necessário para nossa recuperação e crescimento, não importando de qual chapa é o presidente, se as contratações não deram certo, se o treinador não agrada, qual divisão estamos ocupando, ou se o fornecedor de material é mais ou menos famoso.
O nosso objetivo é o mesmo. Não podemos nos desviar dele, independentemente de os tempos serem favoráveis ou não. O Coritiba precisa de todos nós!
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