Eterno Campeão
Embora o título dessa coluna não seja original, pois a ideia contida nele já foi defendida por muitas pessoas, de forma idêntica ou similar, é algo que deve ser lembrado e destacado neste início de temporada na formação do elenco do Coritiba.
Com as boas atuações nas partidas em que atuamos com o que tínhamos de melhor, a torcida e os analistas já começam a imaginar a equipe titular de Morínigo. É natural, todos o fazemos. Mas o importante é que a comissão técnica e a diretoria tem demonstrado uma maior atenção na formação de um elenco forte que permita que nos momentos mais críticos do ano a equipe mantenha-se competitiva, independentemente de quais atletas estiverem disponíveis e forem escolhidos para atuar.
Por exemplo, muitos de nós imaginávamos o onze alviverde com Natanael. Ainda haverá tempo para que isso ocorra, mas e se contusão similar tivesse ocorrido na terceira rodada do Brasileirão ou nas oitavas de final da Copa do Brasil? O futebol está repleto de surpresas, ainda mais numa temporada longa, exaustiva e tratando-se da divisão de elite do futebol nacional.
O planejamento deve contar com a perda de atletas por uma partida ou até por um longo período, em função não só de contusões, mas também de suspensões, de oscilações da parte técnica ou física e de problemas disciplinares, entre outros menos comuns. Temos que ter no elenco jogadores capazes de corresponder imediatamente às necessidades e que acreditem que tem toda a possibilidade de se tornarem titulares.
As manifestações de Morínigo acabam sendo tranquilizadoras, pois sempre enfatizam a importância do grupo e lembram que não há lugar garantido para ninguém entre os onze, mantendo os jogadores atentos e interessados. O mesmo pode-se dizer da postura da diretoria, que busca qualificar ainda mais o elenco e que tem demonstrado muitos acertos na escolha dos novos contratados.
A torcida carente de bons times nos últimos anos, já está criando nomes como "quadrado mágico" entre outros de maneira muito precoce. É normal, parte da paixão, que também faz com que ninguém sirva mais caso ocorram alguns reveses. Espero e acredito que quem administra o clube e mais propriamente o futebol, não caia nessa armadilha e que continue fortalecendo o elenco e mantendo os atletas humildes, focados e lutando pelos objetivos.
Para concluir, farei um breve retorno ao passado para lembrar que sempre que tivemos times competitivos e vencedores, contávamos com vários jogadores qualificados no banco de reservas, que poderiam assumir a posição a qualquer momento, seja por necessidade ou por ter superado o desempenho do companheiro de equipe.
Em 2011, tínhamos Vanderlei, Leonardo, Anderson Aquino, Geraldo, Tcheco, William Farias e Everton Ribeiro no banco de reservas. Em 1998, só para o ataque o Coxa dispunha de quatro excelentes disputando duas posições (Cleber Arado, Sinval, Macedo e Brandão). E para fechar com chave de ouro, em 1985 contávamos com três jogadores que não são lembrados como titulares, mas que atuaram com muita frequência e foram fundamentais para aquela conquista (Hélcio, Vavá e Marco Aurélio).
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