Eterno Campeão
Após um 2021 que já se iniciou com rebaixamento, vexame no paranaense e eliminação previsível na Copa do Brasil,mas com atuações bisonhas, o Coritiba conseguiu atingir o principal objetivo do ano e retornou à série A com uma certa segurança, mas sem brilho devido à queda de produção no segundo turno.
A perspectiva para 2022 é boa, mesmo que uma avaliação realista indique que o caminho será árduo e cheio de obstáculos. Essa visão sustentada pela realidade é fundamental da parte de todos, sobretudo da torcida, que já deve saber que o que ocorrer além da permanência na divisão de elite e da continuidade na reestruturação do clube, será lucro.
Por falar em torcida, mais do que nunca será indispensável o engajamento de um maior quantitativo no que diz respeito à associação ao clube, como também na paciência com time e comissão técnica, que precisarão de tranquilidade para trabalhar, pois inúmeros fatores trabalharão contra, entre os quais, arbitragens suspeitas, parcialidade do STJD, adversários com elencos mais qualificados, além das já conhecidas má vontade de grande parte da imprensa local e desconsideração pela imprensa do eixo.
De extremamente positivo temos a manutenção da comissão técnica que demonstrou seu valor em 2021, a chegada de René Simões, profissional destacado que já atuou em várias frentes com grande competência e vem com o bônus da grande identificação com o clube, além da a manutenção de vários atletas importantes e que constituem uma base de elenco.
Sobre o elenco, aparentemente será constituído por três grupos de atletas que reunidos devem ser capazes de representar bem o clube: os remanescentes da equipe titular de 2021, os atletas campeões da Copa do Brasil sub-20 e os reforços que começaram a ser anunciados e também os que ainda virão.
O primeiro grupo será muito importante por já ter superado muitas dificuldades com o clube, pela experiência de trabalho com a comissão técnica e demonstração de hombridade e comprometimento. Estes atletas servirão de âncora para os jovens da base e os recém chegados, facilitando a integração ao trabalho e em eventuais conflitos ou dificuldades.
Sobre os atletas da base, espera-se a incorporação de muitos ao grupo principal, e o aproveitamento daqueles que mostrarem competência nas oportunidades oferecidas no campeonato estadual. Talvez um ou dois tenham destaque ao ponto de serem relacionados constantemente para as partidas do campeonato brasileiro. Importante entender que alguns precisarão de mais tempo e até passar por empréstimos para poderem render os frutos esperados. Muitos torcedores nutriam a ideia de que muitos poderiam ser utilizados ainda em 2021, como soluções para algumas de nossas deficiências. Até cobraram em excesso e de forma despropositada o treinador Gustavo Morínigo por isso. A partida final da Supercopa do Brasil serviu para mostrar que não é dessa forma que funcionam as coisas. Embora tenhamos jovens promissores e talentosos, a maioria precisa de maior preparo para enfrentar adversários profissionais, principalmente sob o aspecto do preparo físico.
O terceiro grupo, dos novos contratados, ainda teremos que aguardar e observar. Trata-se de uma atividade desafiadora acertar nas contratações com os parcos recursos disponíveis e o mercado inflacionado.
A contratação de Alef Manga agrada do ponto de vista técnico, mas preocupa a questão disciplinar devido às ocorrências verificadas no Goiás. As outras duas contratações parecem apostas. Egídio mais pelo desempenho de 2021 e por ter uma idade mais avançada, o que pode pesar para um lateral, mesmo que seja experiente e já tenha mostrado qualidade. Pablo Garcia passou pela última temporada com números pouco animadores, embora seja jovem e possa evoluir nas mãos de Morínigo, caso realmente tenha qualidade. Devemos apoiá-los e torcer pelo acerto dos responsáveis pelas contratações.
Por fim, acredito que é possível ser otimista em relação a 2022, sabendo-se porém, que devemos manter a calma e a perseverança pois o futebol é muito dinâmico e pode trazer muitas surpresas, agradáveis ou não.
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