Eterno Campeão
A vitória do Coritiba foi importantíssima. Como a maioria tem falado, o essencial é somar os três pontos para retornar ainda esse ano à série A. É uma questão de sobrevivência. E aos trancos e barrancos estamos conquistando os pontos necessários para nos mantermos no topo da tabela. Como previsto, nós torcedores teremos que ter muita paciência. Mas acredito que Morínigo e seus comandados têm cumprido a missão que receberam. De um clube eliminado no estadual à cinco vitórias consecutivas no campeonato mais importante para nós, convenhamos é uma grande evolução.
Dito isso, agora vou me permitir o direito de expor o sentimento de torcedor, aquele que se manifesta durante a partida, excluindo-se os filtros e as ponderações que podem ser feitos posteriormente, e que de modo geral acabam gerando análises mais equilibradas. O primeiro tempo do Coritiba foi duro de assistir. A lentidão da equipe, o excesso de toques desnecessários, a falta de ousadia e a postura de que resolveria a partida a qualquer momento.
Até que tivemos algumas boas oportunidades. Mas ao final do primeiro tempo, ficou a impressão de que desperdiçamos a oportunidade de sermos mais incisivos e que por isso deixamos para resolver tudo em quarenta e cinco minutos. Demos sopa para o azar.
Após o intervalo, voltamos com uma postura melhor e começamos a jogar mais no campo do adversário. Como consequência, fizemos o gol, em uma jogada na qual tivemos mérito do Léo Gamalho, que saiu para receber um belo passe, e um pouco de sorte no desvio da bola que tirou o goleiro do lance.
Logo em seguida, tomamos aquele gol, que é uma verdadeira ducha de água fria, em função de duas coisas que acho inaceitáveis em um time profissional. Displicência e desatenção. Houve falha do Biro? Sim. Mas é o tipo de jogada que costuma ocorrer com quase todos os laterais. A bola sequer teria chegado naquelas condições, se o time estivesse atento e organizado. Natanael foi deixado só contra dois jogadores do Remo, pois Igor Paixão chegou atrasado. Esta desorganização permaneceu até próximo ao final da partida. Nos jogos anteriores, a organização defensiva foi o grande diferencial da equipe. Chegamos a levar o segundo gol, anulado é verdade. Caso contrário, corríamos o risco de amargar até uma derrota. Talvez esteja sendo exigente demais, mas fica o alerta, pois podemos perder pontos preciosos em episódios semelhantes.
Mesmo após o segundo gol, num belo cruzamento de Igor Paixão e excelente conclusão de Léo Gamalho, recuamos em excesso e conseguimos segurar o resultado, mesmo sofrendo pressão e correndo o risco de levar o empate ao menos em um lance. Ainda desperdiçamos duas excelentes oportunidades para matar o jogo.
Está tudo errado? Não. Pelo contrário. Afinal conseguimos cinco vitórias seguidas. O time tem melhorado. Algumas oscilações são normais. No segundo tempo, tivemos uma atuação ofensiva satisfatória, apesar de que defensivamente, estivemos abaixo das atuações anteriores. Se continuarmos a conquistar os pontos necessários para o acesso da forma que tem ocorrido, estarei satisfeito.
Saudações alviverdes e força ao presidente Follador.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)