Eterno Campeão
Ao assistir a excelente entrevista do site COXAnautas com o presidente Juarez Moraes e Silva e com o primeiro vice Glenn Stenger, entre os assuntos abordados, me chamou atenção o enfoque dado pelo presidente sobre a adesão ao plano de sócios do clube.
Compartilho há muito tempo da visão do dirigente máximo da instituição, que acredita ser plenamente possível um contingente de 60.000 sócios contribuindo com o clube em um universo de 1.200.000 torcedores. Acredito até que isso deveria ser o mínimo.
O que determinará o sucesso em se atingir esse número mágico, que segundo os dirigentes, seria capaz de garantir receita suficiente para o pagamento dos custos operacionais do clube, é o entendimento dos torcedores de qual é o seu papel na vida do clube.
Nesse contexto, permito-me separar esses 1.200.000 em grupos, segundo o poder aquisitivo e grau de envolvimento com o clube:
Pessoas que têm condições de contribuir com o clube, em qualquer uma das modalidades oferecidas, e optam por não fazê-lo, pois na realidade não o elencam entre as suas prioridades quando satisfeitas aquelas relacionadas ao sustento familiar. Esses considero simpatizantes;
Pessoas que têm condições de contribuir com o clube, e o fazem dentro da modalidade que se encaixa no seu planejamento orçamentário. Esses considero torcedores;
Pessoas com poder aquisitivo muito baixo que infelizmente impede qualquer colaboração com o clube, independentemente da intenção de se associar. Entre esses há simpatizantes e torcedores.
Importante destacar que cada pessoa faz o que acredita ser melhor com os seus recursos e não pretendo fazer julgamentos, apenas uma separação de graus de comprometimento e participação para avaliar com quem o clube pode contar para fazer seu planejamento financeiro, o que determinará que lugar o clube ocupará e quais objetivos reais será capaz de atingir.
Sem dinheiro, mesmo que com competência diretiva, dificilmente nos manteremos por períodos significativos na série A ou chegaremos perto de brigar por algum título distante das fronteiras estaduais. Pior, nos acostumaremos com lugares que não condizem com a tradição do clube e o continente de torcedores e simpatizantes encolherá com o passar das gerações.
Além da já referida impossibilidade financeira, não vejo outra justificativa para não participar ativamente do sustento do clube. Afinal, por torcedor, se entende aquele que está com o clube em qualquer situação. Time ruim, dirigentes de alas políticas adversárias, técnico retranqueiro, dívidas, poucos benefícios, fornecedor de material, entre outras afirmações, ao meu ver são desculpas esfarrapadas e não justificativas plausíveis para não se associar.
Sem julgamentos, esperarei mais essa campanha para firmar uma opinião se estes 1.200.000 são em sua maioria torcedores ou simpatizantes.
O Coxa tá chamando!
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