Eterno Campeão
Diante do cenário desolador que a torcida do Coritiba testemunha no momento, acredito que o próximo compromisso no Campeonato Brasileiro é a última oportunidade de se esboçar uma reação que possibilite a luta pela manutenção na elite em 2023.
Será o tipo de partida na qual uma vitória não garante nada além da possibilidade de continuar sonhando. O que já é muito para uma equipe que não tem demonstrado nenhum dos atributos necessários para conquistar o único objetivo que o Verdão ainda tem em 2022.
Qualquer outro resultado condena o clube a mais um rebaixamento, que certamente colocará o projeto de reconstrução novamente na estaca zero. Mais um capítulo do eterno recomeçar. O restante da competição será marcado apenas por retórica e pelo aguardo da confirmação matemática do inevitável. Muito semelhante ao que se observou em 2020.
Para existir a possibilidade de êxito contra o Avaí, é necessário selecionar no elenco ao menos onze homens que reúnam os atributos citados anteriormente e que serão especificados na sequência.
Primeiramente, a condição física é essencial. Não se pode entrar numa partida com jogadores que se arrastam em campo e não tem velocidade para marcar os adversários ou superá-los quando buscamos as jogadas ofensivas. Diria que esse deve ser um critério de exclusão.
Atendida a parte física, que é o mínimo que se espera de um atleta contratado para atuar em uma equipe profissional, vem a alma guerreira, que pode ser traduzida por comprometimento, entrega, atitude e força mental. Algo que raramente vi neste grupo de jogadores.
Por último, e não menos importante, que se conte com o mínimo de qualidade técnica.
Será que Guto Ferreira, utilizando estes critérios, consegue reunir ao menos onze atletas do Coritiba atual? Sendo otimista, acho muito difícil.
Boa sorte, ao comandante, que aceitou a inglória missão. E sinceramente não gostaria de constatar aos cinco minutos do primeiro tempo da próxima apresentação, que a instituição Coritiba será novamente representada por um time de bananas.
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